RESUMO PALAVRAS-CHAVE - GV Pesquisa
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EAESP/F<strong>GV</strong>/NPP - NÚCLEO DE PESQUISAS E PUBLICAÇÕES 109/286<br />
Inicialmente, a relação de discriminação eu-outro ocorreu de forma mais distante<br />
(vide Anexo II - Textos Articulando Teoria e Cotidiano), na qual os alunos foram se<br />
aproximando discretamente da sua relação mais imediata e cotidiana,<br />
professor/monitor/aluno. Reportam-se, em seus exemplos, às diferentes opiniões<br />
concernentes aos professores; aludem indiretamente (a nosso ver) à função de<br />
monitor ao retratarem uma possível situação em que um colega novo entraria no<br />
grupo e as diferentes impressões que provocaria. Utilizam-se também de<br />
personagens de películas cinematográficas para indicar a força da primeira<br />
impressão, ou seja, de referências advindas de outro contexto que emergem como<br />
obstáculo para o recebimento de uma nova imagem. Há várias referências que<br />
apontam à atuação de modelos internalizados de relação, sendo transferidos para<br />
este contexto de aprendizagem. Recortam da aula a relação com o diferente, o<br />
discriminado, ora no grupo, na aula, ora na pintura abstrata. Aproximam-se do<br />
conhecimento através da seleção do que lhes é mais familiar. O monitor assume,<br />
muitas vezes de forma velada, o papel de professor, dirigindo ações, sugerindo uma<br />
maneira de trabalhar (vide Análise de Dados - Relatório dos Monitores - Gestalt).<br />
“Podemos constatar um aspecto da Gestalt no cotidiano, por exemplo, durante uma<br />
reunião de negócios, onde se desconhece a pessoa com quem se está conversando.<br />
Muitas vezes, nos desligamos da conversa, ou seja, olhamos para ela, escutamos,<br />
mas não assimilamos, pois estamos interagindo com as projeções do nosso mundo<br />
interior. A parte que nós perdemos durante a reunião é como se tivesse uma linha<br />
que quebrasse no meio e posteriormente tivesse esse intervalo fechado com n<br />
referências do nosso mundo interior, sempre com um fechamento simétrico e<br />
regular.”<br />
“A primeira impressão talvez seja a mais significativa, já que as pessoas formarão<br />
sua ‘máscara’ nesta. Logo, a apresentação está ligada ao modo de tratamento no<br />
grupo.<br />
R ELATÓRIO DE P ESQUISA Nº 1/1998