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RESUMO PALAVRAS-CHAVE - GV Pesquisa

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EAESP/F<strong>GV</strong>/NPP - NÚCLEO DE PESQUISAS E PUBLICAÇÕES 31/286<br />

Embora o homem tenha a sua expressão social, ao mesmo tempo que recebe sua<br />

influência vai paulatinamente cravando suas marcas, até que, ao se tornar massiva,<br />

densa, cria-se então um fenômeno coletivo. Portanto, a quantidade vai gerando<br />

qualidade. Isso não se dá uniformemente nem de repente.<br />

Várias pessoas vão rompendo, vão problematizando suas experiências. São portavozes<br />

de insatisfações vividas em nível grupal. São as vozes que rompem o silêncio<br />

de muitas outras pessoas, rompem o silêncio e deixam uma fenda nos ouvidos<br />

surdos e vão penetrando gradativamente em seus interiores até que possam<br />

destampar os ouvidos e vistas.<br />

Nos seres humanos, especialmente nos microgrupos naturais, uma ansiedade forte é<br />

a percepção do processo (do crescimento dos filhos, das transformações vinculares<br />

de acordo com a cronologia dos parceiros), porque o processo dá lugar a “sentir o<br />

que está vivo”, mas também articula-se a morte, e isso acentua a falta de controle. O<br />

recurso defensivo é estatizar-se, deter-se e evitar tomar consciência do processo da<br />

metamorfose vincular 10 .<br />

Põem-se em movimento o que Laing chama defesas transpessoais, que não são as<br />

defesas intrapsíquicas, senão o intento de atuar sobre a experiência de outras<br />

pessoas para preservar o próprio mundo interno regulando o do outro.<br />

Arbitrar a falta de autonomia nos filhos está à mercê dessa defesa. Por exemplo,<br />

preservar o estatismo interno nos pais detém o tempo e anula a morte na fantasia.<br />

Há, portanto, aprendizagem implícita e explícita, como podemos observar, na forma<br />

de ser dos homens e mulheres com padrões diferentes em todas as épocas. Nem tudo<br />

é falado e transmitido pela palavra. Portanto, nem tudo é registrado só pela via oral.<br />

Temos um outro termômetro: a emoção, a sensação. Como vão se representando as<br />

emoções? Como, em diferentes épocas e lugares, são dirigidas de maneira diferente?<br />

10 CALVO, I. Cuerpo, vinculo y transferencia. Buenos Aires, Amorrortu, 1985.<br />

R ELATÓRIO DE P ESQUISA Nº 1/1998

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