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dissertação revisada para biblioteca - Centro de Referência Virtual ...

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152<br />

4.3 – Mais uma visita ao Quilombo<br />

No sábado, dia 27 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011 fui mais uma vez <strong>para</strong> a Comunida<strong>de</strong> Quilombo.<br />

Desta vez fui <strong>para</strong> participar da Festa <strong>de</strong> Bom Jesus, que aconteceria no dia seguinte. Esta é a<br />

festa principal da comunida<strong>de</strong>. Ela acontece todos os anos contando com a participação dos<br />

moradores e também das comunida<strong>de</strong>s vizinhas ou mais distantes.<br />

Desta vez meu meio <strong>de</strong> transporte não foi uma motocicleta como das outras vezes.<br />

Isso porque eu iria dormir no local e nenhum colega ou conhecido se dispôs a dormir na<br />

comunida<strong>de</strong>. Assim, resolvi eu mesma ir dirigindo. Levei comigo minha mãe, que já era<br />

conhecida dos moradores e dos jovens da comunida<strong>de</strong>, pois, ela é quem cuida da Igreja<br />

Católica e dos Cultos em Ribeirão da Folha, <strong>de</strong> forma que, participa <strong>de</strong> quase todas as<br />

celebrações religiosas mais importantes nas comunida<strong>de</strong>s vizinhas. Desta forma, ela também<br />

serviu como meu “Doc” na festa, bem como <strong>de</strong> outras ativida<strong>de</strong>s durante os meses <strong>de</strong><br />

pesquisa, facilitando a aproximação com os moradores do Quilombo.<br />

Apesar das constantes idas à comunida<strong>de</strong>, eu não sabia direito o caminho. São muitas<br />

encruzilhadas no meio das plantações <strong>de</strong> eucalipto e das outras vezes que estive lá, eu não me<br />

preocupei em memorizá-lo, pois sempre havia comigo alguém que o conhecia. Pedimos então<br />

a alguns alunos, entre eles um dos sujeitos <strong>de</strong>ssa pesquisa, Ney, que nos explicasse o<br />

caminho. Eles fizeram melhor. Desenharam <strong>para</strong> nós o caminho, um mapa. Um trajeto mais<br />

longo, porém mais fácil, segundo eles. A distância percorrida por nós foi <strong>de</strong> aproximadamente<br />

50 quilômetros. Saímos <strong>de</strong> Ribeirão da Folha logo após o almoço pela estrada que vai <strong>para</strong> as<br />

cida<strong>de</strong>s, Minas Novas ou Capelinha, após cerca <strong>de</strong> 25 quilômetros feitos, entramos à esquerda<br />

<strong>para</strong> a Fazenda Tecad. Dentro <strong>de</strong>sta fazenda foram aproximadamente mais 15 quilômetros <strong>de</strong><br />

estrada. Após uma represa, como os alunos nos ensinaram, entramos à esquerda e chegamos à<br />

outra fazenda, a Fazenda Alagadiço. Descemos pela fazenda e após outra represa, entramos a<br />

esquerda novamente, subindo rio acima e <strong>de</strong>pois entramos na primeira estrada à direita,<br />

andamos aproximadamente uns 10 quilômetros. Feito este trajeto avistamos as primeiras casas<br />

do Quilombo.<br />

Não foi difícil, foi só seguir as referências do mapa esboçado pelos alunos alguns dias<br />

antes. Como o pequeno esboço feito em uma “venda”, em papel <strong>de</strong> jornal, estava todo<br />

amassado, reproduzi juntamente com os alunos o mapa que nos guiou do distrito <strong>de</strong> Ribeirão<br />

da Folha até a comunida<strong>de</strong> Quilombo.

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