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190 Figura 72 – A Marujada com a cachaça na roda Fonte: Foto da autora, 2011 As pessoas começaram a irem embora. Muitos ônibus também. Uma parte dos jovens que estava presente na festa estava indo para a comunidade de Santiago, para assistirem ao futebol, entre eles, nossos jovens atores. Para concluir as atividades festivas, dona Maria ofereceu ainda, café com biscoito a todas as pessoas antes da partida, no entanto, quase ninguém aceitou, estavam todos saciados com o almoço. Sobre as atividades lúdicas e religiosas, como por exemplo, a Festa de Bom Jesus da Lapa, no Quilombo, diz Eunice Durham: [...] se desenvolvem naqueles agrupamentos onde a longa ocupação de um mesmo território permitiu o adensamento da população e das relações sociais. Nessas condições, multiplicam-se os laços da rede complexa de relações de parentesco e compadrio, que unem de forma mais coesa a totalidade dos ocupantes do território; ao mesmo tempo, a longa história de uma vida comum, a memória de favores prestados e recebidos e a intimidade que nasce da familiaridade propiciam uma vida coletiva mais rica; (DURHAM, 1984, p. 79-80) Com certeza a Festa de Bom Jesus no Quilombo, é um fenômeno que permite o estreitamento dos laços sociais, e que multiplica esses laços, na medida em que todos os anos pessoas “novas” visitam a comunidade estabelecendo aí vínculos de amizade. É uma forma de afirmar identidades baseadas na ocupação de um mesmo território, de uma ancestralidade comum, de
uma vida em comum, numa rede de relações de parentesco e compadrio, onde lembranças do passado estarão sempre presentes. Como a noite estava se aproximando e nosso caminho era longo, minha mãe e eu também nos despedimos dos anfitriões, d. Maria, sr. Vicente e demais pessoas que ainda estavam na casa, agradecendo pela generosa hospitalidade. Pegamos então nosso pequeno e valioso mapa e partimos pela estrada abaixo em direção as extensas plantações de eucalipto. 191
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PENIN, Sônia Teresinha de Sousa. P
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