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206 disseram que queriam nomes chamativos, tanto que, o “Halloween Fest” deles, nada tem haver com as festas de halloween que acontecem nos Estados Unidos ou em outros países Nos dois eventos, fui para o local da festa, por volta das 21h00mim e percebi que, nas proximidades da rua do conselho, havia cerca de umas 50 motocicletas encostadas e também, alguns ônibus escolares, dentre estes, o “ônibus azul” que transportava os alunos das comunidades de Cabeceiras, Santiago, Alagadiço e Quilombo. Em ocasiões como aquelas, os donos dos ônibus fazem o transporte dos alunos, em forma de patrocínio, para poder ajudá-los a arrecadar mais fundos para a confraternização de final de ano. Na “Festa Cala a Boca e me Beija”, como no “Halloween Fest” ficaram no portão do Conselho Comunitário três alunos, que cobravam o valor de R$3,00 reais pela entrada, no entanto no primeiro evento, após o pagamento, entregavam um cordão com uma tira de cartolina com os dizeres: “CALA A BOCA E ME BEIJA”. Esta deveria ser pendurada no pescoço. Após efetuar o pagamento e pegar meu cordão, o qual pendurei no pescoço, como todos os outros participantes, entrei no “terreiro” 76 da associação e ao chegar a porta, me deparei com mais três alunos, entre eles Ney. Eles pediam a mão do participante e batiam sobre a mesma o carimbo da escola, assim, a pessoa podia sair do local e voltar quando quisesse, fato que se repetiu na segunda festa. Era uma forma de evitar que pessoas entrassem sem pagar. Os alunos me desejaram boas vindas e pediu-me que ficasse a vontade no recinto. Na primeira festa, ao entrar, reparei que as três janelas estavam fechadas, estava muito calor e o ambiente muito abafado. Perguntei, então, aos meninos, o porquê das janelas estarem fechadas. Eles responderam que era porque não queriam que as pessoas que ainda estavam do lado de fora vissem o movimento, assim, curiosas, acabariam entrando e rendendo mais lucros para a turma. Mas, que, mais tarde, quando já tivesse uma quantidade maior de pessoas, as janelas seriam abertas. Estavam certos, pois, o salão estava um pouco vazio, havia no local apenas umas 20 pessoas. Nas duas festas o salão havia sido previamente preparado. Correntes de papel, lona preta com luzes pisca-pisca decoravam o espaço. Os alunos conseguiram um congelador emprestado para colocarem as bebidas geladas. E as bebidas quentes como litros de vodka, campari e conhaque ficaram em cima de uma pequena mesa. 76 Espaço vazio entre o portão e a casa do conselho.
Figura 76 – Jovens conversando na “Festa Cala a Boca e me Beija” Fonte: Foto da autora, 2011 Figura 77 – Detalhe da decoração dos eventos Fonte: Foto da autora, 2011 207
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