dissertação revisada para biblioteca - Centro de Referência Virtual ...

Figura 45 – Desenho da estrada de Ribeirão da Folha até o Quilombo
Fonte: Elaborado por Ney, Léo e pela autora, 2011
Ao chegarmos ao Quilombo, paramos primeiramente na casa do sr. Marciano, agora
na condição de ex-presidente da Associação Comunitária. Fomos recepcionadas por cerca de
uns 10 cães de raças por mim não identificadas. Apesar de ficarem alvoroçados e latindo
muito, eles não oferecem riscos de acidentes, segundo o dono da casa. Ao se aproximarem
dos visitantes eles param de latir e começam a cheirar, demonstrando que são bem dóceis.
Marciano veio nos receber na porta da sala. Cumprimentou-nos e nos levou para uma cozinha
que foi construída no quintal. Sua esposa nos abraçou e deu a nós, boas vindas à comunidade.
Como sempre, o fogo no fogão à lenha aquecia todo o ambiente. Nele uma chaleira de
água fervendo. Parecia estar ali esperando por visitas. Digo isso devido ao fato, de ser um
costume na região, que os visitantes sejam recepcionados com um café feito na hora. A água
já estando quente, é só colocar a rapadura ou o açúcar, dependendo da casa, e coá-lo. Digo
dependendo da casa porque em algumas que visitei, tanto no Quilombo, quanto em Ribeirão
da Folha, também é usada a rapadura para adoçar o café, e em três eles utilizaram o caldo da
cana para fazê-lo, nestes casos, não precisou adoçar. No nosso caso foi assim. Dona Beota,
apenas colocou açúcar, e, rapidamente o café estava pronto. O café foi servido acompanhado
de requeijão, biscoito e bolo. Ela nos disse que havia preparado tudo naquela manhã. Muitas
153