dissertação revisada para biblioteca - Centro de Referência Virtual ...
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disseram que queriam nomes chamativos, tanto que, o “Halloween Fest” <strong>de</strong>les, nada tem<br />
haver com as festas <strong>de</strong> halloween que acontecem nos Estados Unidos ou em outros países<br />
Nos dois eventos, fui <strong>para</strong> o local da festa, por volta das 21h00mim e percebi que, nas<br />
proximida<strong>de</strong>s da rua do conselho, havia cerca <strong>de</strong> umas 50 motocicletas encostadas e também,<br />
alguns ônibus escolares, <strong>de</strong>ntre estes, o “ônibus azul” que transportava os alunos das<br />
comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Cabeceiras, Santiago, Alagadiço e Quilombo. Em ocasiões como aquelas, os<br />
donos dos ônibus fazem o transporte dos alunos, em forma <strong>de</strong> patrocínio, <strong>para</strong> po<strong>de</strong>r ajudá-los<br />
a arrecadar mais fundos <strong>para</strong> a confraternização <strong>de</strong> final <strong>de</strong> ano.<br />
Na “Festa Cala a Boca e me Beija”, como no “Halloween Fest” ficaram no portão do<br />
Conselho Comunitário três alunos, que cobravam o valor <strong>de</strong> R$3,00 reais pela entrada, no<br />
entanto no primeiro evento, após o pagamento, entregavam um cordão com uma tira <strong>de</strong><br />
cartolina com os dizeres: “CALA A BOCA E ME BEIJA”. Esta <strong>de</strong>veria ser pendurada no<br />
pescoço. Após efetuar o pagamento e pegar meu cordão, o qual pendurei no pescoço, como<br />
todos os outros participantes, entrei no “terreiro” 76 da associação e ao chegar a porta, me<br />
<strong>de</strong>parei com mais três alunos, entre eles Ney. Eles pediam a mão do participante e batiam<br />
sobre a mesma o carimbo da escola, assim, a pessoa podia sair do local e voltar quando<br />
quisesse, fato que se repetiu na segunda festa. Era uma forma <strong>de</strong> evitar que pessoas entrassem<br />
sem pagar. Os alunos me <strong>de</strong>sejaram boas vindas e pediu-me que ficasse a vonta<strong>de</strong> no recinto.<br />
Na primeira festa, ao entrar, reparei que as três janelas estavam fechadas, estava muito<br />
calor e o ambiente muito abafado. Perguntei, então, aos meninos, o porquê das janelas<br />
estarem fechadas. Eles respon<strong>de</strong>ram que era porque não queriam que as pessoas que ainda<br />
estavam do lado <strong>de</strong> fora vissem o movimento, assim, curiosas, acabariam entrando e ren<strong>de</strong>ndo<br />
mais lucros <strong>para</strong> a turma. Mas, que, mais tar<strong>de</strong>, quando já tivesse uma quantida<strong>de</strong> maior <strong>de</strong><br />
pessoas, as janelas seriam abertas. Estavam certos, pois, o salão estava um pouco vazio, havia<br />
no local apenas umas 20 pessoas.<br />
Nas duas festas o salão havia sido previamente pre<strong>para</strong>do. Correntes <strong>de</strong> papel, lona<br />
preta com luzes pisca-pisca <strong>de</strong>coravam o espaço. Os alunos conseguiram um congelador<br />
emprestado <strong>para</strong> colocarem as bebidas geladas. E as bebidas quentes como litros <strong>de</strong> vodka,<br />
campari e conhaque ficaram em cima <strong>de</strong> uma pequena mesa.<br />
76 Espaço vazio entre o portão e a casa do conselho.