14.04.2017 Views

A filha da feiticeira - Paula Brackston

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

209<br />

Naquele momento, Abigail gemeu. Ela se mexeu, abrindo os olhos<br />

lentamente.<br />

— Eliza? É você?<br />

— Eu estou aqui, Abigail. Não tenha medo.<br />

— Ah, como é que eu vim parar de volta na minha cama? Dr. Gimmel? Dei<br />

tantos problemas a todos vocês. — Ela se esforçou para se sentar.<br />

— Fique quieta, minha queri<strong>da</strong>. — O dr. Gimmel sorriu para ela. — Deve<br />

poupar suas forças. Repouso no leito para você. E não faça nem o menor dos<br />

esforços, ouviu? Sr. Astredge, vou enviar uma enfermeira do Fitzroy. Sua irmã está<br />

proibi<strong>da</strong> de se levantar e não deve se cansar, está claro?<br />

— Perfeitamente.<br />

— A dra. Hawksmith estará presente, é claro. Vamos aumentar a medicação,<br />

mas o necessário, em primeiro lugar neste momento, é o repouso. — Ele fez um<br />

gesto chamando Simon e foi com ele para o canto do aposento. Eliza pegou a mão<br />

de Abigail e apertou-a. Apesar de suas vozes baixas, ela podia ouvir claramente a<br />

conversa entre os dois homens.<br />

ele.<br />

— O que vocês pretendem fazer? — perguntou Simon.<br />

A expressão em seu rosto partiu o coração de Eliza.<br />

O dr. Gimmel colocou a mão em seu ombro, tentando reconfortá-lo.<br />

— Temo que não seja possível adiar a cirurgia por muito mais tempo — disse<br />

— Mas ela está tão fraca.<br />

— De fato, mas não restam outras vias para explorarmos. Vamos deixá-la<br />

descansar e analisar como estará sua resistência em um dia ou dois. Vamos esperar<br />

que este episódio passe para que ela possa recuperar vitali<strong>da</strong>de suficiente para<br />

enfrentar o procedimento.<br />

Eliza sentiu Abigail apertar sua mão.<br />

— Eu estou morrendo, não estou, Eliza? Por favor, diga a ver<strong>da</strong>de.<br />

Seus cabelos soltos espalhavam-se pelo travesseiro como algas sendo<br />

puxa<strong>da</strong>s por uma maré gentil. Sua pele mostrava uma rigidez alarmante, e seus<br />

olhos pareciam ter afun<strong>da</strong>do ain<strong>da</strong> mais em suas órbitas. Eliza sentiu raiva <strong>da</strong><br />

natureza injusta <strong>da</strong> doença. Ela ficou olhando para sua queri<strong>da</strong> amiga, sentindo-se

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!