22.09.2018 Views

#Coletânea Temática de Jurisprudência - Direito Penal e Processual Penal (2016)

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

circunstâncias judiciais<br />

• Nos termos do art. 44 do CP, não é possível a substituição da pena privativa <strong>de</strong><br />

liberda<strong>de</strong> por restritiva <strong>de</strong> direitos quando a reprimenda for fixada acima <strong>de</strong> quatro<br />

anos e existirem circunstâncias judiciais <strong>de</strong>sfavoráveis.<br />

[HC 102.474, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 24-8-2010, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 17-9-2010.]<br />

Vi<strong>de</strong> HC 99.888, rel. min. Eros Grau, j. 24-11-2009, 2ª T, DJE <strong>de</strong> 12-2-2010<br />

vi<strong>de</strong> HC 94.874, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 21-10-2008, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 12-12-2008<br />

• O caso é <strong>de</strong> calibração das balizas do art. 59 do CP com as circunstâncias listadas<br />

na pertinente legislação extravagante (art. 42 da Lei 11.343/2006). De tal<br />

calibração se percebe, na concretu<strong>de</strong> da causa, que os fundamentos lançados pelo<br />

magistrado são imprestáveis para fins <strong>de</strong> eleição do grau <strong>de</strong> redução da pena aplicada<br />

à paciente, o que afronta o conteúdo mínimo da fundamentação das <strong>de</strong>cisões<br />

judiciais <strong>de</strong> que trata o inciso XI do art. 93 da CF/1988. Or<strong>de</strong>m concedida para<br />

<strong>de</strong>terminar que o juízo <strong>de</strong> direito da Comarca <strong>de</strong> Viscon<strong>de</strong> do Rio Branco/MG<br />

refaça a dosimetria da pena quanto à sua causa <strong>de</strong> diminuição, inscrita no § 4º do<br />

art. 33 da Lei 11.343/2006.<br />

[HC 100.005, rel. min. Ayres Britto, j. 3-8-2010, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 10-9-2010.]<br />

= = HC 105.799, rel. min. Dias Toffoli, j. 11-10-2011, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 16-11-2011<br />

• É certo que, para con<strong>de</strong>nar penalmente alguém, o órgão julgador tem <strong>de</strong> olhar<br />

para trás e ver em que medida os fatos <strong>de</strong>lituosos e suas coor<strong>de</strong>nadas dão conta<br />

da culpabilida<strong>de</strong> do acusado. Já no que toca à <strong>de</strong>cretação da prisão preventiva,<br />

se também é certo que o juiz valora esses mesmos fatos e vetores, ele o faz<br />

na perspectiva da aferição da periculosida<strong>de</strong> do agente. Não propriamente da<br />

culpabilida<strong>de</strong>. Pelo que o quantum da pena está para a culpabilida<strong>de</strong> do agente<br />

assim como o <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> prisão preventiva está para a periculosida<strong>de</strong>, pois é tal<br />

periculosida<strong>de</strong> que po<strong>de</strong> colocar em risco o meio social quanto à possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> reiteração <strong>de</strong>litiva (cuidando-se, claro, <strong>de</strong> prisão preventiva com fundamento<br />

na garantia da or<strong>de</strong>m pública).<br />

[HC 96.212, rel. min. Ayres Britto, j. 16-6-2010, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 6-8-2010.]<br />

• A circunstância em que foi executado o crime foi reconhecida como <strong>de</strong>sfavorável<br />

ao paciente, mas não foi valorada na primeira fase da dosimetria da pena. Observância<br />

do princípio do ne bis in i<strong>de</strong>m. (...) Não há óbice para que o Tribunal <strong>de</strong> Justiça<br />

reconheça como <strong>de</strong>sfavorável ao réu a circunstância <strong>de</strong> execução do crime, que não<br />

foi reconhecida da mesma forma pelo magistrado sentenciante. Profundida<strong>de</strong> do<br />

efeito <strong>de</strong>volutivo do recurso <strong>de</strong> apelação.<br />

[HC 100.165, rel. min. Ellen Gracie, j. 8-6-2010, 2ª T, DJE <strong>de</strong> 1º-7-2010.]<br />

Vi<strong>de</strong> RHC 97.473, rel. p/ o ac. min. Dias Toffoli, j. 10-11-2009, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 18-12-2009<br />

• Na concreta situação dos autos, a pena-base foi aumentada em sete anos e seis<br />

meses <strong>de</strong> reclusão, tendo em conta a presença <strong>de</strong> cinco vetores judiciais <strong>de</strong>sfavoráveis<br />

ao acusado (conduta social, personalida<strong>de</strong>, circunstâncias, motivos do crime e<br />

culpabilida<strong>de</strong>). Tudo <strong>de</strong>vidamente fundamentado. Logo, concretamente <strong>de</strong>monstra-<br />

sumário<br />

152

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!