22.09.2018 Views

#Coletânea Temática de Jurisprudência - Direito Penal e Processual Penal (2016)

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

execução da pena<br />

o art. 182 do CPP, do mesmo modo, na fase da execução penal, ele não está vinculado<br />

ao atestado <strong>de</strong> conduta carcerária. Não se afastou, portanto, a necessida<strong>de</strong><br />

da verificação <strong>de</strong> comprovado comportamento satisfatório durante a execução da<br />

pena previsto no art. 83, III, do CP, inocorrente no caso, em espécie, pelas reiteradas<br />

faltas graves cometidas pelo paciente com as fugas do estabelecimento prisional.<br />

[HC 95.884, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 26-5-2009, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 12-6-2009.]<br />

= = HC 98.663, rel. min. Cármen Lúcia, j. 13-10-2009, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 6-11-2009<br />

= = HC 96.189, rel. min. Ellen Gracie, j. 10-3-2009, 2ª T, DJE <strong>de</strong> 3-4-2009<br />

• (...) a prática superveniente <strong>de</strong> nova falta grave implica, entre outras coisas, a regressão<br />

<strong>de</strong> regime prisional, nos exatos termos do art. 118 da LEP. Regressão incompatível,<br />

a toda evidência, com a liberda<strong>de</strong> condicional requestada pela impetrante.<br />

[HC 94.964, rel. min. Ayres Britto, <strong>de</strong>c. monocrática, j. 6-4-2009, DJE <strong>de</strong> 23-4-2009.]<br />

• O livramento condicional, para maior respeito à finalida<strong>de</strong> reeducativa da pena,<br />

constitui a última etapa da execução penal, timbrada essa pela i<strong>de</strong>ia-força da liberda<strong>de</strong><br />

responsável do con<strong>de</strong>nado, <strong>de</strong> modo a lhe permitir melhores condições <strong>de</strong><br />

reinserção social. O requisito temporal do livramento condicional é aferido a partir<br />

da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pena já efetivamente cumprida. Quantida<strong>de</strong> essa que não sofre<br />

nenhuma alteração com eventual prática <strong>de</strong> falta grave, pelo singelo mas robusto<br />

fundamento <strong>de</strong> que a ninguém é dado <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rar tempo <strong>de</strong> pena já cumprido.<br />

Pois o fato é que pena cumprida é pena extinta. É claro que, no caso <strong>de</strong> fuga (como<br />

é a situação <strong>de</strong>stes autos), o lapso temporal em que o paciente esteve foragido não<br />

será computado como tempo <strong>de</strong> castigo cumprido. Óbvio! Todavia, a fuga não “zera”<br />

ou faz <strong>de</strong>saparecer a pena até então cumprida. Ofen<strong>de</strong> o princípio da legalida<strong>de</strong> a<br />

<strong>de</strong>cisão que fixa a data da fuga do paciente como nova data-base para o cálculo do<br />

requisito temporal do livramento condicional.<br />

[HC 94.163, rel. min. Ayres Britto, j. 2-12-2008, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 23-10-2009.]<br />

≠≠<br />

HC 100.062, rel. min. Marco Aurélio, j. 20-4-2010, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 7-5-2010<br />

• Art. 112 da Lei 7.210/1984, com a redação dada pela Lei 10.792/2003. Progressão<br />

<strong>de</strong> regime. Requisitos subjetivos. Exame criminológico. Dispensabilida<strong>de</strong>.<br />

Excepcionalida<strong>de</strong> do caso concreto. (...) Nada impe<strong>de</strong> que o magistrado das execuções<br />

criminais, facultativamente, requisite o exame criminológico e o utilize como<br />

fundamento da <strong>de</strong>cisão que julga o pedido <strong>de</strong> progressão. Paciente que já cumpriu,<br />

<strong>de</strong> há muito, mais <strong>de</strong> 3/4 da pena. Na espécie, a realização do exame criminológico<br />

não seria concluída antes do cumprimento integral da pena restritiva <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>.<br />

<strong>Direito</strong> à razoável duração dos processos administrativos e judiciais. Art. 5º, LXX-<br />

VIII, da Constituição. Or<strong>de</strong>m concedida para assegurar a liberda<strong>de</strong> condicional ao<br />

paciente, nos termos que vierem a ser estabelecidos pelo juízo da execução.<br />

[HC 93.108, rel. p/ o ac. min. Ricardo Lewandowski, j. 25-11-2008, 1ª T, DJE <strong>de</strong><br />

13-2-2009.]<br />

= = HC 114.657 MC, rel. min. Cezar Peluso, <strong>de</strong>c. monocrática, j. 14-8-2012, DJE <strong>de</strong> 17-8-2012<br />

sumário<br />

225

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!