22.09.2018 Views

#Coletânea Temática de Jurisprudência - Direito Penal e Processual Penal (2016)

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

competência / jurisdição<br />

ponibilizar ou adquirir material pornográfico envolvendo criança ou adolescente<br />

(ECA, arts. 241, 241-A e 241-B), quando praticados por meio da re<strong>de</strong> mundial <strong>de</strong><br />

computadores. (...) O Tribunal enten<strong>de</strong>u que a competência da Justiça Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>correria<br />

da incidência do art. 109, V, da CF (...). Ressaltou que, no tocante à matéria<br />

objeto do recurso extraordinário, o ECA seria produto <strong>de</strong> convenção internacional,<br />

subscrita pelo Brasil, para proteger as crianças da prática nefasta e abominável <strong>de</strong><br />

exploração <strong>de</strong> imagem na internet.<br />

[RE 628.624, rel. p/ o ac. min. Edson Fachin, j. 29-10-2015, P, Informativo 805, rg.]<br />

• A Turma, por maioria <strong>de</strong> votos, já <strong>de</strong>cidiu que a renúncia <strong>de</strong> parlamentar, após o<br />

final da instrução, não acarreta a perda <strong>de</strong> competência do STF. (...) No Inq 3.734,<br />

a Turma enten<strong>de</strong>u, por ocasião do recebimento da <strong>de</strong>núncia, que, na hipótese <strong>de</strong> não<br />

reeleição, não se aplica o mesmo critério <strong>de</strong> fixação <strong>de</strong> competência. O caso presente,<br />

que envolve julgamento <strong>de</strong> ação penal, é análogo a este último. No entanto, a instrução<br />

foi concluída e o voto do relator preparado quando o <strong>de</strong>nunciado ainda era titular<br />

<strong>de</strong> mandato. Diante disso, o relator propôs a concessão <strong>de</strong> habeas corpus <strong>de</strong> ofício, já<br />

que seu voto era pela absolvição. A Turma concordou que vulneraria o mandamento<br />

da celerida<strong>de</strong> processual <strong>de</strong>ixar-se <strong>de</strong> formalizar a extinção do processo com base<br />

no art. 386, III, do CPP quando relator e revisor já haviam formado tal convicção.<br />

[AP 568, rel. min. Roberto Barroso, j. 14-4-2015, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 18-5-2015.]<br />

• O crime praticado por militar contra militar em situação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> em lugar<br />

sujeito à administração militar, inevitavelmente, atrai a competência da Justiça<br />

Castrense, por força do art. 9º, II, a, do CPM.<br />

[HC 125.836, rel. min. Dias Toffoli, j. 3-3-2015, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 6-5-2015.]<br />

• A litispendência pressupõe a existência <strong>de</strong> duas ações pen<strong>de</strong>ntes idênticas, fenômeno<br />

inocorrente quando se está diante <strong>de</strong> uma ação penal e <strong>de</strong> um inquérito<br />

policial, procedimento investigativo que não se confun<strong>de</strong> com aquela. Inexistência<br />

<strong>de</strong> litispendência que também se constata em <strong>de</strong>corrência da ausência <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

absoluta entre a peça <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncia encartada nestes autos e aquela presente no<br />

inquérito (...), consoante já <strong>de</strong>cidido pelo juízo a quo.<br />

[AP 611, rel. min. Luiz Fux, j. 30-9-2014, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 10-12-2014.]<br />

• A caracterização do crime militar em <strong>de</strong>corrência da aplicação do critério ratione<br />

personae previsto no art. 9º, II, a, do CPM <strong>de</strong>ve ser compreendido à luz da principal<br />

diferença entre o crime comum e o crime militar impróprio: bem jurídico a ser<br />

tutelado. Nesse juízo, portanto, torna-se elemento indispensável para configuração<br />

do tipo penal especial (e, portanto, instaurar a competência da Justiça Militar da<br />

União) a <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> ofensa a bens jurídicos <strong>de</strong> que sejam titulares as Forças<br />

Armadas. Daí a convergência <strong>de</strong> entendimento, na jurisprudência do STF, <strong>de</strong> que<br />

o <strong>de</strong>lito cometido fora do ambiente castrense ou cujo resultado não atinja as instituições<br />

militares será julgado pela Justiça comum.<br />

[HC 117.254, rel. min. Teori Zavascki, j. 30-9-2014, 2ª T, DJE <strong>de</strong> 15-10-2014.]<br />

sumário<br />

503

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!