22.09.2018 Views

#Coletânea Temática de Jurisprudência - Direito Penal e Processual Penal (2016)

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

TRATADOS INTERNACIONAIS<br />

Nota: O Plenário do STF, no julgamento do HC 97.256, <strong>de</strong>clarou, inci<strong>de</strong>ntalmente, a<br />

inconstitucionalida<strong>de</strong> da proibição <strong>de</strong> substituição da pena privativa <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> pela<br />

pena restritiva <strong>de</strong> direitos prevista nos arts. 33, § 4º, e 44, caput, da Lei 11.343/2006<br />

(Lei <strong>de</strong> Drogas). A execução da expressão “vedada a conversão em penas restritivas <strong>de</strong><br />

direitos” do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 foi suspensa pela Resolução 5/2012<br />

do Senado Fe<strong>de</strong>ral, nos termos do art. 52, X, da Constituição.<br />

• No plano dos tratados e convenções internacionais, aprovados e promulgados<br />

pelo Estado brasileiro, é conferido tratamento diferenciado ao tráfico ilícito <strong>de</strong><br />

entorpecentes que se caracterize pelo seu menor potencial ofensivo. Tratamento<br />

diferenciado esse para possibilitar alternativas ao encarceramento. É o caso da Convenção<br />

contra o Tráfico Ilícito <strong>de</strong> Entorpecentes e <strong>de</strong> Substâncias Psicotrópicas,<br />

incorporada ao direito interno pelo Decreto 154, <strong>de</strong> 26-6-1991. Norma supralegal<br />

<strong>de</strong> hierarquia intermediária, portanto, que autoriza cada Estado soberano a adotar<br />

norma comum interna que viabilize a aplicação da pena substitutiva (a restritiva <strong>de</strong><br />

direitos) no aludido crime <strong>de</strong> tráfico ilícito <strong>de</strong> entorpecentes.<br />

[HC 97.256, rel. min. Ayres Britto, j. 1º-9-2010, P, DJE <strong>de</strong> 16-12-2010.]<br />

• Compete à Justiça Fe<strong>de</strong>ral processar e julgar os crimes consistentes em disponibilizar<br />

ou adquirir material pornográfico envolvendo criança ou adolescente<br />

(ECA, arts. 241, 241-A e 241-B), quando praticados por meio da re<strong>de</strong> mundial<br />

<strong>de</strong> computadores. (...) O Tribunal enten<strong>de</strong>u que a competência da Justiça Fe <strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong>correria da incidência do art. 109, V, da CF (“Art. 109. Aos juízes fe<strong>de</strong>rais compete<br />

processar e julgar: (...) V — os crimes previstos em tratado ou convenção<br />

internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou <strong>de</strong>vesse ter<br />

ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente”). Ressaltou que, no tocante à matéria<br />

objeto do recurso extraordinário, o ECA seria produto <strong>de</strong> convenção internacional,<br />

subscrita pelo Brasil, para proteger as crianças da prática nefasta e abominável <strong>de</strong><br />

sumário<br />

816

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!