22.09.2018 Views

#Coletânea Temática de Jurisprudência - Direito Penal e Processual Penal (2016)

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

habeas corpus<br />

é senão uma expressa or<strong>de</strong>m para que o requerente preserve, ou, então, recupere a<br />

sua autonomia <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> para fazer do seu corpo um instrumento <strong>de</strong> geográficas<br />

idas e vindas. Ou <strong>de</strong> espontânea imobilida<strong>de</strong>, que já correspon<strong>de</strong> ao direito <strong>de</strong> nem<br />

ir nem vir, mas simplesmente ficar. Autonomia <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong>, enfim, protegida contra<br />

“ilegalida<strong>de</strong> ou abuso <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r” — parta <strong>de</strong> quem partir — e que somente é <strong>de</strong> cessar<br />

por motivo <strong>de</strong> “flagrante <strong>de</strong>lito ou por or<strong>de</strong>m escrita e fundamentada <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong><br />

judiciária competente, salvo nos casos <strong>de</strong> transgressão militar ou crime propriamente<br />

militar, <strong>de</strong>finidos em lei” (inciso LXI do art. 5º da Constituição). Na concreta situação<br />

dos autos, a pessoa jurídica da qual o paciente é representante legal se acha processada<br />

por <strong>de</strong>litos ambientais. Pessoa jurídica que somente po<strong>de</strong>rá ser punida com multa e<br />

pena restritiva <strong>de</strong> direitos. Noutro falar: a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> locomoção do agravante não<br />

está, nem mesmo indiretamente, ameaçada ou restringida.<br />

[HC 88.747 AgR, rel. min. Ayres Britto, j. 15-9-2009, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 28-10-2009.]<br />

• Verificada a duplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> causa <strong>de</strong> pedir e <strong>de</strong> pedido, consi<strong>de</strong>rado habeas julgado<br />

por Colegiado do Supremo, <strong>de</strong>scabe novo pronunciamento, à míngua <strong>de</strong> aspecto<br />

jurídico novo.<br />

[HC 98.668, rel. min. Marco Aurélio, j. 15-9-2009, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 9-10-2009.]<br />

• Esta Suprema Corte possui prece<strong>de</strong>ntes no sentido <strong>de</strong> que “a superveniência<br />

da sentença con<strong>de</strong>natória prejudica o habeas corpus quando esse tenha por objeto o<br />

<strong>de</strong>creto <strong>de</strong> prisão preventiva, dado que passa a sentença a constituir novo título para<br />

a prisão”. O prosseguimento do feito após a superveniência da sentença con<strong>de</strong>natória<br />

implicaria inadmissível supressão <strong>de</strong> instância, uma vez que o novo título prisional<br />

não foi submetido à análise das instâncias inferiores.<br />

[HC 97.649 AgR, rel. min. Ellen Gracie, j. 15-9-2009, 2ª T, DJE <strong>de</strong> 9-10-2009.]<br />

= = HC 100.989, rel. min. Luiz Fux, j. 24-5-2011, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 22-6-2011<br />

Vi<strong>de</strong> HC 96.182, rel. min. Menezes <strong>Direito</strong>, j. 2-12-2008, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 20-3-2009<br />

vi<strong>de</strong> HC 93.345, rel. min. Menezes <strong>Direito</strong>, j. 3-6-2008, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 1º-8-2008<br />

• Habeas corpus. Liminar. Impugnação a ato <strong>de</strong> integrante do Supremo. Atribuição.<br />

Ombreando, no ofício judicante, o relator do habeas e o autor do ato atacado, cumpre<br />

ao Plenário do Supremo examinar o pedido <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> medida acauteladora.<br />

[HC 99.402 MC, rel. min. Marco Aurélio, j. 10-9-2009, P, DJE <strong>de</strong> 2-10-2009.]<br />

• A via processualmente contida do habeas corpus não se presta para o revolvimento<br />

do quadro fático-probatório da ação penal em curso. Quero dizer: a CF <strong>de</strong> 1988, ao<br />

cuidar do habeas corpus no inciso LXVIII do art. 5º, autoriza o respectivo manejo<br />

“sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado <strong>de</strong> sofrer violência ou coação em<br />

sua liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> locomoção”. Mas a Constituição não para por aí e arremata o seu<br />

discurso: “por ilegalida<strong>de</strong> ou abuso <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r”. Ilegalida<strong>de</strong> e abuso <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r não se<br />

presumem; pelo contrário, a presunção é exatamente inversa. Pelo que, ou os autos<br />

dão conta <strong>de</strong> uma violência in<strong>de</strong>vida (cerceio absolutamente antijurídico por abuso <strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>r ou por ilegalida<strong>de</strong>), ou <strong>de</strong> habeas corpus não se po<strong>de</strong> socorrer o paciente, <strong>de</strong>vido<br />

sumário<br />

792

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!