22.09.2018 Views

#Coletânea Temática de Jurisprudência - Direito Penal e Processual Penal (2016)

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>de</strong>núncia<br />

• Não é inepta a <strong>de</strong>núncia que, como no caso, narra, articuladamente, a ocorrência<br />

<strong>de</strong> crime em tese, bem como <strong>de</strong>screve as suas circunstâncias e indica o respectivo tipo<br />

penal, viabilizando, assim, o exercício do contraditório e da ampla <strong>de</strong>fesa. A<strong>de</strong>mais,<br />

conforme apontou a PGR, a <strong>de</strong>núncia também “logrou <strong>de</strong>monstrar a forma como<br />

os pacientes, em tese, praticaram o crime <strong>de</strong> homicídio culposo (comissivo por<br />

omissão) quando po<strong>de</strong>riam e <strong>de</strong>veriam ter impedido a morte da vítima”.<br />

[HC 95.761, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 4-8-2009, 2ª T, DJE <strong>de</strong> 18-9-2009.]<br />

= = HC 110.524, rel. min. Cármen Lúcia, j. 22-5-2012, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 12-6-2012<br />

• Denúncias que não <strong>de</strong>screvem os fatos na sua <strong>de</strong>vida conformação não se coadunam<br />

com os postulados básicos do Estado <strong>de</strong> <strong>Direito</strong>. (...) A inépcia da <strong>de</strong>núncia<br />

caracteriza situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>srespeito estatal ao postulado do <strong>de</strong>vido processo legal.<br />

A exordial acusatória, na hipótese dos autos, contudo, apresenta uma narrativa congruente<br />

dos fatos (...), <strong>de</strong> modo a permitir o pleno exercício da ampla <strong>de</strong>fesa (...),<br />

<strong>de</strong>screvendo condutas que configuram crimes (...), não estando, portanto, maculada<br />

pelo vício da inépcia, posto que aten<strong>de</strong> aos ditames do art. 41 do CPP (...).<br />

[HC 99.459 MC, rel. min. Celso <strong>de</strong> Mello, <strong>de</strong>c. monocrática, j. 1º-7-2009, DJE<br />

<strong>de</strong> 4-8-2009.]<br />

= = HC 99.982, rel. min. Gilmar Men<strong>de</strong>s, j. 26-10-2010, 2ª T, DJE <strong>de</strong> 22-11-2010<br />

• Na atual redação do art. 395, III, do CPP (dada pela Lei 11.719, <strong>de</strong> 20-6-2008),<br />

a <strong>de</strong>núncia será rejeitada quando faltar justa causa para o exercício da ação penal.<br />

[Inq 2.767, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 18-6-2009, P, DJE <strong>de</strong> 4-9-2009.]<br />

• Sendo a perda do cargo público, conforme disposto no art. 92 do CP, consequência<br />

da con<strong>de</strong>nação, mostra-se dispensável a veiculação, na <strong>de</strong>núncia, <strong>de</strong> pedido<br />

visando à implementação.<br />

[HC 93.515, rel. min. Marco Aurélio, j. 9-6-2009, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 1º-7-2009.]<br />

• Na concreta situação dos autos, o processamento da <strong>de</strong>núncia ajuizada contra<br />

o paciente encontra óbice no que dispõe o inciso III do art. 395 do CPP. É que a<br />

<strong>de</strong>núncia não <strong>de</strong>screve fatos integralizadores dos elementos objetivos e subjetivos<br />

do tipo penal <strong>de</strong> calúnia. Situação a autorizar o excepcional trancamento da ação<br />

na via processualmente contida do habeas corpus.<br />

[HC 98.631, rel. min. Ayres Britto, j. 2-6-2009, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 1º-7-2009.]<br />

= = HC 94.800, rel. min. Celso <strong>de</strong> Mello, j. 23-6-2009, 2ª T, DJE <strong>de</strong> 24-9-2010<br />

• Descabe falar em insubsistência da <strong>de</strong>núncia quando, na peça, são narrados os<br />

fatos que, em tese, consubstanciam crime, ficando, assim, viabilizada a <strong>de</strong>fesa.<br />

[HC 93.553, rel. min. Marco Aurélio, j. 7-5-2009, P, DJE <strong>de</strong> 4-9-2009.]<br />

• Não se po<strong>de</strong> ter como sugestivo do crime <strong>de</strong> quadrilha a mera menção ao nome<br />

do impetrante por outros acusados, segundo captada em interceptações telefônicas,<br />

sem qualquer base concreta que <strong>de</strong>monstre, minimamente, a eventual prática <strong>de</strong>litiva.<br />

Denúncias genéricas, que não <strong>de</strong>screvem os fatos na sua <strong>de</strong>vida conformação,<br />

não se coadunam com os postulados básicos do Estado <strong>de</strong> <strong>Direito</strong>. Não é difícil<br />

sumário<br />

492

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!