22.09.2018 Views

#Coletânea Temática de Jurisprudência - Direito Penal e Processual Penal (2016)

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

princípios penais e processuais penais<br />

limitações apenas <strong>de</strong> não agravar a pena aplicada na sentença con<strong>de</strong>natória ou piorar<br />

a situação do réu. Prece<strong>de</strong>ntes: HC 76.156/SP, Primeira Turma, rel. min. Sepúlveda<br />

Pertence, DJ <strong>de</strong> 8-5-1998; HC 99.972/PR, rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma,<br />

DJE <strong>de</strong> 13-9-2011; HC 72.527/SP, Segunda Turma, rel. min. Carlos Velloso, DJ <strong>de</strong><br />

17-11-1995. A doutrina acerca dos limites ao exame da apelação pelo Tribunal ad<br />

quem assenta que, “No tocante aos po<strong>de</strong>res do juízo ad quem, restrições não existem,<br />

embora incidindo sobre área litigiosa menor que aquela do juízo a quo. O novo exame<br />

é sempre integral, ainda que verse sobre parte da <strong>de</strong>manda. Po<strong>de</strong>-se dizer que<br />

o efeito <strong>de</strong>volutivo é total ou parcial quanto à extensão, e sempre integral quanto à<br />

profundida<strong>de</strong>. A apelação investe o juízo ad quem <strong>de</strong> amplos po<strong>de</strong>res para o exame<br />

do litígio <strong>de</strong>cidido em primeiro grau, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que se trate <strong>de</strong> apelação plena; e, se for<br />

limitada, o princípio do tantum <strong>de</strong>volutum quantum appeellatum dá iguais po<strong>de</strong>res ao<br />

juízo do recurso, embora para projetá-los na área <strong>de</strong>marcada pelo pedido <strong>de</strong> reexame<br />

contido no procedimento recursal. (...) Proíbe-se o chamado jus novorum no juízo<br />

<strong>de</strong> apelação. É que o juízo ad quem não cria novos elementos no litígio penal a ser<br />

<strong>de</strong>cidido, continuando jungido às questões que foram ou podiam ter sido ventiladas<br />

no juízo a quo. Não se <strong>de</strong>ve daí inferir que a causa, em grau <strong>de</strong> apelação, tenha <strong>de</strong> ser<br />

<strong>de</strong>cidida nos limites apenas das controvérsias que o juízo <strong>de</strong> primeiro grau focalizou<br />

na sentença recorrida. Des<strong>de</strong> que se não extravasem as balizas <strong>de</strong>marcadas pela imputação<br />

e pela <strong>de</strong>volução recursal, irrestrito é o po<strong>de</strong>r jurisdicional do juízo ad quem no<br />

tocante à <strong>de</strong>cisão que <strong>de</strong>va proferir” (MARQUES, José Fre<strong>de</strong>rico. Elementos <strong>de</strong> direito<br />

processual penal. 1. ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Forense, 1965. p. 231-234 e 270-271 — Grifei).<br />

“(...) nos limites do pedido (matéria impugnada), é permitido ao tribunal analisar<br />

todas as questões a ele relativas, não po<strong>de</strong>ndo apenas <strong>de</strong>sbordar para outros aspectos<br />

do processo não abordados na irresignação (...). Portanto, a alteração do fundamento<br />

da con<strong>de</strong>nação (se pugnado pela <strong>de</strong>fesa absolvição, por exemplo) em nada infringe<br />

o princípio da reformatio in pejus, na medida em que, submetida integralmente a<br />

<strong>de</strong>cisão à instância superior, po<strong>de</strong> o tribunal manter o édito con<strong>de</strong>natório por fundamentos<br />

diversos, ou reformá-lo por outros não <strong>de</strong>clinados no recurso da acusação”<br />

(PACELLI, Eugênio; FISCHER, Douglas. Comentários ao Código <strong>de</strong> Processo <strong>Penal</strong><br />

e sua jurisprudência. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2013. p. 1248 — Grifei.).<br />

[RHC 118.658, rel. min. Luiz Fux, j. 13-5-2014, 1ª T, DJE <strong>de</strong> 2-6-2014.]<br />

• Não há reformatio in pejus na sentença penal con<strong>de</strong>natória que, ao manter a pena<br />

<strong>de</strong>finitiva anteriormente fixada, não agrava a pena aplicada na sentença anulada nem<br />

piora a situação dos pacientes. O juízo <strong>de</strong> primeiro grau não está circunscrito ao<br />

reexame dos motivos da sentença anulada, <strong>de</strong>tendo competência para reexaminar a<br />

causa à luz da nova instrução criminal e do art. 59 e seguintes do CP, po<strong>de</strong>ndo, para<br />

manter a mesma pena da sentença penal anulada, substituir por outras as circunstâncias<br />

judiciais ou legais <strong>de</strong> exasperação a que a <strong>de</strong>cisão anulada tenha relevado.<br />

[HC 113.512, rel. min. Cármen Lúcia, j. 10-12-2013, 2ª T, DJE <strong>de</strong> 17-12-2013.]<br />

sumário<br />

74

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!