freakonomics - o lado oculto e inesperado de tudo que ... - Ipcp.org.br
freakonomics - o lado oculto e inesperado de tudo que ... - Ipcp.org.br
freakonomics - o lado oculto e inesperado de tudo que ... - Ipcp.org.br
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
efetivo policial se traduziu em uma redução praticamente idêntica<<strong>br</strong> />
da probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um criminoso ser pego. Combinada à acima<<strong>br</strong> />
citada complacência adotada pela outra meta<strong>de</strong> do sistema jurídico<<strong>br</strong> />
criminal — os tribunais — essa diminuição do policiamento criou um<<strong>br</strong> />
fone incentivo positivo para os criminosos.<<strong>br</strong> />
Nos anos 90, as filosofias — e as necessida<strong>de</strong>s — haviam<<strong>br</strong> />
mudado. A tendência do policiamento inverteu-se, com a<<strong>br</strong> />
contratação em alta escala nas cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> todo o país. Esses<<strong>br</strong> />
policiais todos não apenas amaram como inibidores como<<strong>br</strong> />
constituíram a mão-<strong>de</strong>-o<strong>br</strong>a necessária para levar à ca<strong>de</strong>ia<<strong>br</strong> />
criminosos <strong>que</strong>, do contrário, teriam continuado em liberda<strong>de</strong>. A<<strong>br</strong> />
contratação <strong>de</strong> mais policiais foi responsável por cerca <strong>de</strong> 10% da<<strong>br</strong> />
<strong>que</strong>da da criminalida<strong>de</strong> nos anos 90.<<strong>br</strong> />
No entanto, não foi só isso <strong>que</strong> mudou na década <strong>de</strong> 1990.<<strong>br</strong> />
Consi<strong>de</strong>remos a mais freqüente <strong>de</strong> todas as explicações para a<<strong>br</strong> />
<strong>que</strong>da da criminalida<strong>de</strong>: estratégias policiais inovadoras.<<strong>br</strong> />
Talvez nenhuma outra teoria soe mais atraente do <strong>que</strong> a crença<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> <strong>que</strong> uma polícia inteligente iniba o crime. Ela oferecia uma série<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> heróis <strong>de</strong> carne e osso e não, simplesmente, uma ausência <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
vilões, logo adquirindo a aura <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>digna em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua<<strong>br</strong> />
compatibilida<strong>de</strong> com os fatores <strong>que</strong>, segundo John Kenneth<<strong>br</strong> />
Galdraith, mais contribuem para a construção da sabedoria<<strong>br</strong> />
convencional: a facilida<strong>de</strong> com <strong>que</strong> uma idéia é absorvida e o grau<<strong>br</strong> />
em <strong>que</strong> a mesma afeta o nosso bem-estar pessoal.<<strong>br</strong> />
A história funcionou mais radicalmente em Nova York, on<strong>de</strong> o<<strong>br</strong> />
recém-eleito prefeito Rudolph Giuliani e seu secretário <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
Segurança escolhido a <strong>de</strong>do, William Bratton, se comprometeram<<strong>br</strong> />
a solucionar a situação <strong>de</strong>sesperadora <strong>que</strong> a cida<strong>de</strong> vivia em termos<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> criminalida<strong>de</strong>. Bratton abordou o policiamento <strong>de</strong> uma forma<<strong>br</strong> />
inovadora. A<strong>br</strong>iu para o Departamento <strong>de</strong> Polícia <strong>de</strong> Nova York o<<strong>br</strong> />
<strong>que</strong> um <strong>de</strong> seus mem<strong>br</strong>os chamou mais tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> "nosso período<<strong>br</strong> />
ateniense", no qual atribuía-se mais peso a idéias novas do <strong>que</strong> às<<strong>br</strong> />
práticas cristalizadas. Em lugar <strong>de</strong> passar a mão na cabeça dos seus<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>legados <strong>de</strong> polícia, Bratton exigia satisfações; em vez <strong>de</strong> confiar<<strong>br</strong> />
unicamente no conhecimento ultrapassado dos policiais,