freakonomics - o lado oculto e inesperado de tudo que ... - Ipcp.org.br
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vitais contra um adversário supostamente íntegro, o lutador em<<strong>br</strong> />
impasse não mostrou mais chances <strong>de</strong> vencer do <strong>que</strong> o seu<<strong>br</strong> />
currículo levaria a prever. Acrescente-se <strong>que</strong> nos combates entre um<<strong>br</strong> />
lutador supostamente corrupto e outro cuja honestida<strong>de</strong> não havia<<strong>br</strong> />
sido confirmada nem <strong>que</strong>stionada pelos <strong>de</strong>nunciantes, os resultados<<strong>br</strong> />
foram quase tão improváveis quanto os das lutas entre dois<<strong>br</strong> />
atletas corruptos, sugerindo <strong>que</strong> quase todos os lutadores <strong>que</strong> não<<strong>br</strong> />
haviam sido especificamente <strong>de</strong>nunciados eram igualmente corruptos.<<strong>br</strong> />
Se lutadores <strong>de</strong> sumô, professores e pais usuários das creches<<strong>br</strong> />
trapaceiam, <strong>de</strong>vemos inferir <strong>que</strong> a humanida<strong>de</strong> é inata e<<strong>br</strong> />
universalmente corrupta? Em caso afirmativo, quão corrupta?<<strong>br</strong> />
A resposta po<strong>de</strong> estar em... <strong>br</strong>oas. Consi<strong>de</strong>remos a história<<strong>br</strong> />
verídica <strong>de</strong> um indivíduo chamado Paul Feldman.<<strong>br</strong> />
Feldman foi um sujeito <strong>que</strong> acalentou gran<strong>de</strong>s sonhos.<<strong>br</strong> />
Formado em economia agrícola, seu <strong>de</strong>sejo era acabar com a fome<<strong>br</strong> />
no mundo_ Em vez disso, assumiu um cargo em Washington, na<<strong>br</strong> />
Ma-rinha americana, <strong>de</strong> analista <strong>de</strong> gastos com armamentos. Corria<<strong>br</strong> />
o ano <strong>de</strong> 1962. Durante os 20 e poucos anos seguintes, Feldman <strong>de</strong>senvolveu<<strong>br</strong> />
ativida<strong>de</strong>s semelhantes a essa. Exerceu funções no alto<<strong>br</strong> />
escalão e ganhou um bocado <strong>de</strong> dinheiro, mas não se sentia<<strong>br</strong> />
totalmente satisfeito com seu trabalho. Na festa <strong>de</strong> Natal do<<strong>br</strong> />
escritório, os colegas o apresentavam às esposas não como "o chefe<<strong>br</strong> />
do grupo <strong>de</strong> pesquisas <strong>de</strong> mercado" (cargo <strong>que</strong> era o <strong>de</strong>le), mas<<strong>br</strong> />
como "o cara <strong>que</strong> no; traz as <strong>br</strong>oas".<<strong>br</strong> />
A história das <strong>br</strong>oas começou <strong>de</strong> forma aci<strong>de</strong>ntal: um chefe<<strong>br</strong> />
recompensando seus subordinados toda vez <strong>que</strong> um contrato <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
pesquisa era fechado. A partir daí, nasceu um hábito. Toda sextafeira,<<strong>br</strong> />
Feldman trazia para os colegas algumas <strong>br</strong>oas, uma faca<<strong>br</strong> />
serrilha da e cream cheese. Quando os funcionários dos outros<<strong>br</strong> />
andares souberam disso, também quiseram ser incluídos no<<strong>br</strong> />
lanchinho, até <strong>que</strong> um dia nosso amigo se viu levando para o<<strong>br</strong> />
escritório 15 <strong>br</strong>oas por semana. Para se reembolsar da <strong>de</strong>spesa,<<strong>br</strong> />
criou uma "caixinha"