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freakonomics - o lado oculto e inesperado de tudo que ... - Ipcp.org.br

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aplaudir qual<strong>que</strong>r tentativa, por mais insignificante ou manipu<strong>lado</strong>ra<<strong>br</strong> />

<strong>que</strong> seja, <strong>que</strong> aumente a segurança <strong>de</strong> uma criança? Os pais já não<<strong>br</strong> />

têm preocupações suficientes? Afinal, são responsáveis por um dos<<strong>br</strong> />

feitos mais incrivelmente importantes <strong>de</strong> <strong>que</strong> temos conhecimento:<<strong>br</strong> />

a mo<strong>de</strong>lagem do próprio caráter do filho. Não são?<<strong>br</strong> />

A última guinada mais radical na sabedoria convencional so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

parentalida<strong>de</strong> foi provocada por uma pergunta simples: quão<<strong>br</strong> />

importantes, efetivamente, são os pais?<<strong>br</strong> />

Maus pais com certeza fazem uma enorme diferença. Como o<<strong>br</strong> />

vínculo aborto-criminalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixa claro, os filhos in<strong>de</strong>sejados —<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sproporcionalmente sujeitos à negligência e ao abuso — têm um<<strong>br</strong> />

futuro pior do <strong>que</strong> os filhos ansiosamente esperados por seus pais.<<strong>br</strong> />

Mas quanto esses pais extremosos realmente contribuem para a vida<<strong>br</strong> />

dos filhos?<<strong>br</strong> />

Essa pergunta representa a evolução <strong>de</strong> décadas <strong>de</strong> pesquisas.<<strong>br</strong> />

Uma série <strong>de</strong> es<strong>tudo</strong>s, incluindo pesquisas com gêmeos separados<<strong>br</strong> />

ao nascer, já concluíram <strong>que</strong> os genes sozinhos são responsáveis por<<strong>br</strong> />

cerca <strong>de</strong> 50% da personalida<strong>de</strong> e da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma criança.<<strong>br</strong> />

Assim, se a natureza respon<strong>de</strong> por meta<strong>de</strong> do <strong>de</strong>stino <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />

criança, o <strong>que</strong> respon<strong>de</strong> pela outra meta<strong>de</strong>? Certamente <strong>de</strong>ve ser a<<strong>br</strong> />

criação — as fitas Baby Mozart, os sermões na igreja, as visitas aos<<strong>br</strong> />

museus, as aulas <strong>de</strong> francês, as conversas, carinhos, <strong>br</strong>igas e castigos<<strong>br</strong> />

<strong>que</strong>, no todo, constituem a função dos pais. Como explicar, porém,<<strong>br</strong> />

um outro es<strong>tudo</strong> famoso, o Projeto <strong>de</strong> Adoção do Colora-do, <strong>que</strong><<strong>br</strong> />

acompanhou a vida <strong>de</strong> 245 bebês entregues à adoção, não<<strong>br</strong> />

encontrando absolutamente nenhuma relação entre os traços <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

personalida<strong>de</strong> da criança e os dos pais adotivos? Ou os outros<<strong>br</strong> />

es<strong>tudo</strong>s <strong>que</strong> <strong>de</strong>monstraram <strong>que</strong> o caráter <strong>de</strong> uma criança é pouco<<strong>br</strong> />

afetado por fatores como: freqüentar ou não uma creche, ter pai e<<strong>br</strong> />

mãe ou apenas um genitor (ou dois pais e duas mães ou somente um<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> cada) e ser filha <strong>de</strong> mãe <strong>que</strong> trabalhe fora?<<strong>br</strong> />

Essas discrepâncias natureza-criação foram abordadas num<<strong>br</strong> />

livro <strong>de</strong> 1998 escrito por uma autora <strong>de</strong> livros didáticos pouco

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