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freakonomics - o lado oculto e inesperado de tudo que ... - Ipcp.org.br

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apren<strong>de</strong>r mais a respeito da motivação por trás das doações <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

sangue. O resultado mostrou <strong>que</strong> quando as pessoas recebem uma<<strong>br</strong> />

pe<strong>que</strong>na remuneração para fazer a doação, em lugar <strong>de</strong> serem<<strong>br</strong> />

apenas elogiadas por seu altruísmo, a tendência é diminuírem as<<strong>br</strong> />

doações. A remuneração transformou um ato <strong>de</strong> carida<strong>de</strong> em um<<strong>br</strong> />

meio doloroso <strong>de</strong> ganhar alguns trocados, fazendo com <strong>que</strong> ele<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>ixasse <strong>de</strong> valer a pena.<<strong>br</strong> />

E se aos doadores tivesse sido oferecido um incentivo <strong>de</strong> $50,<<strong>br</strong> />

$500 ou $5 mil? Certamente o número <strong>de</strong> doações teria<<strong>br</strong> />

aumentado drasticamente.<<strong>br</strong> />

Mas outra coisa também sofreria uma mudança drástica, pois<<strong>br</strong> />

todo incentivo tem seu <strong>lado</strong> negativo. Se um litro <strong>de</strong> sangue<<strong>br</strong> />

passasse a valer $5 mil, muita gente tomaria nota disso e talvez<<strong>br</strong> />

procurasse obtê-lo na ponta da faca. E possível <strong>que</strong> alguns<<strong>br</strong> />

tentassem fazer passar por seu o sangue <strong>de</strong> animais. Outros talvez<<strong>br</strong> />

falsificassem a própria i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> para doar acima dos limites<<strong>br</strong> />

permitidos. Seja qual for o incentivo, seja qual for a situação, gente<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sonesta sempre tentará obter vantagens através dos meios.<<strong>br</strong> />

Ou, como disse W.C. Fields: algo valioso o bastante para ser<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sejado vale a pena ser roubado.<<strong>br</strong> />

Quem trapaceia?<<strong>br</strong> />

Ora, praticamente todo mundo, se a oportunida<strong>de</strong> for<<strong>br</strong> />

propícia. Você po<strong>de</strong> dizer a si mesmo: "Eu não, seja qual for a<<strong>br</strong> />

situação." Depois, talvez se lem<strong>br</strong>e <strong>de</strong> quando trapaceou, digamos,<<strong>br</strong> />

no jogo <strong>de</strong> damas. Na semana passada. Ou da<strong>que</strong>la bola <strong>de</strong> golfe<<strong>br</strong> />

<strong>que</strong> empurrou com o pé para tirar da má posição em <strong>que</strong> o<<strong>br</strong> />

arremesso a <strong>de</strong>ixara. Ou da vez em <strong>que</strong> estava aguando a <strong>br</strong>oa na<<strong>br</strong> />

sala do café do escritório, mas não tinha o dinheiro para pôr na<<strong>br</strong> />

caixinha coletiva. E pegou a <strong>br</strong>oa assim mesmo, jurando <strong>que</strong> pagaria<<strong>br</strong> />

do<strong>br</strong>ado na vez seguinte. O <strong>que</strong> acabou nunca fazendo.<<strong>br</strong> />

Para cada pessoa inteligente <strong>que</strong> se dê ao trabalho <strong>de</strong> bolar<<strong>br</strong> />

um es<strong>que</strong>ma <strong>de</strong> incentivo existe um exército <strong>de</strong> outras, inteligentes<<strong>br</strong> />

ou não, <strong>que</strong> inevitavelmente gastarão mais tempo ainda

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