freakonomics - o lado oculto e inesperado de tudo que ... - Ipcp.org.br
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Mais prejudicial ao argumento <strong>de</strong> <strong>que</strong> as inovações da polícia<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> Nova York provocaram a <strong>que</strong>da da criminalida<strong>de</strong> é um fato<<strong>br</strong> />
simples e geralmente <strong>de</strong>sprezado: a criminalida<strong>de</strong> caiu em todos os<<strong>br</strong> />
lugares nos anos 90, não apenas em Nova York. Poucas cida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />
lançaram mão do tipo <strong>de</strong> estratégia usada em Nova York e<<strong>br</strong> />
nenhuma, certamente, o fez com tamanho zelo. Mesmo em Los<<strong>br</strong> />
Angeles, porém, uma cida<strong>de</strong> famosa por seu policiamento<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>ficiente, a criminalida<strong>de</strong> caiu em percentuais muito parecidos<<strong>br</strong> />
com os <strong>de</strong> Nova York, quando não se leva em conta o aumento da<<strong>br</strong> />
força policial <strong>de</strong>sta última.<<strong>br</strong> />
Seria estúpido negar <strong>que</strong> um policiamento inteligente seja uma<<strong>br</strong> />
boa coisa. Bill Bratton <strong>de</strong>certo merece o crédito <strong>de</strong> ter revigorado a<<strong>br</strong> />
força policial <strong>de</strong> Nova York, mas os indícios são alarmante-mente<<strong>br</strong> />
parcos no sentido <strong>de</strong> sua estratégia ter tido o efeito panacéia so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />
criminalida<strong>de</strong> <strong>que</strong> ele e a mídia a ela atribuíram. A próxima etapa<<strong>br</strong> />
será continuar a medir o impacto das inovações policiais — em Los<<strong>br</strong> />
Angeles, por exemplo, on<strong>de</strong> o próprio Bratton assumiu o cargo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
secretário <strong>de</strong> Segurança no final <strong>de</strong> 2002. Ao mesmo tempo em <strong>que</strong><<strong>br</strong> />
pôs <strong>de</strong>vidamente em prática ali algumas das inovações <strong>que</strong> foram<<strong>br</strong> />
sua marca registrada em Nova York, Bratton anunciou <strong>que</strong> sua<<strong>br</strong> />
priorida<strong>de</strong> era mais elementar: arranjar dinheiro para contratar<<strong>br</strong> />
milhares <strong>de</strong> novos policiais.<<strong>br</strong> />
Exploremos agora outra dupla freqüente <strong>de</strong> explicações para a<<strong>br</strong> />
<strong>que</strong>da da criminalida<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
Leis mais duras em relação a armas<<strong>br</strong> />
Mudanças no mercado <strong>de</strong> crack e <strong>de</strong> outras drogas<<strong>br</strong> />
Primeiro, as armas. Raramente as discussões so<strong>br</strong>e esse tema<<strong>br</strong> />
são puramente racionais. Os <strong>de</strong>fensores das armas consi<strong>de</strong>ram as<<strong>br</strong> />
leis <strong>que</strong> as regem severas <strong>de</strong>mais; seus adversários afirmam<<strong>br</strong> />
precisamente o contrário. Como pessoas inteligentes po<strong>de</strong>m ter<<strong>br</strong> />
visões tão distintas? O motivo é <strong>que</strong> uma arma gera um conjunto