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Singles.com e Gay.com. Os sites de encontros são o melhor<br />
empreendimento por assinatura da Internet.<br />
Cada um deles opera de maneira ligeiramente diferente, mas a<br />
essência é esta: o assinante cria um anúncio de si mesmo que<br />
costuma incluir uma foto, informações básicas, nível de renda, de<br />
educação, preferências e idiossincrasias e daí por diante. Se o<br />
anúncio fisgar alguém, esse alguém envia um e-mail para o<br />
anunciante de onde pode brotar um encontro. Em vários sites, o<br />
assinante especifica seus objetivos: "relacionamento duradouro",<br />
"namoro passageiro" ou "paquera".<br />
Assim é que existem aqui duas volumosas camadas de dados a<br />
serem garimpadas: as informações que as pessoas incluem em seus<br />
anúncios e o grau de retorno gerado por determinado anúncio.<br />
Cada camada de dados levanta suas próprias perguntas. No caso<br />
dos anúncios, quão diretas (e honestas) são as pessoas quando se<br />
trata de divulgar informações a respeito de si mesmas? E no caso do<br />
retorno, que tipo de informação nos anúncios é considerada a mais<br />
(e a menos) desejável?<br />
Dois economistas e um psicólogo se reuniram recentemente<br />
para responder a essas perguntas. Ali Hortaçsu, Günter J. Hitsch e<br />
Dan Ariely analisaram os dados de um dos principais sites de<br />
encontros, direcionando seu foco para cerca de 30 mil usuários,<br />
metade deles em Boston e a outra metade em San Diego. Cinqüenta<br />
e sete por cento deles eram homens, e a idade média válida para<br />
todos os usuários era de 26 a 36 anos. Embora representassem uma<br />
miscigenação racial adequada para se chegar a algumas conclusões<br />
sobre raça, eram predominantemente brancos. Igualmente, eram<br />
mais ricos, altos, magros e bem-apessoados do que a média. Ao<br />
menos a confiar no que haviam escrito sobre si mesmos. Mais de<br />
4% dos paqueradores online afirmavam ganhar mais de $200 mil<br />
por ano, embora menos de 1% de usuários da Internet<br />
efetivamente ganhe tanto, o que sugere que três em quatro desses<br />
abonados tenham exagerado. Usuários de ambos os sexos<br />
declararam ser cerca de uma polegada mais altos que a média<br />
nacional. Quanto ao peso, o dos homens se mostrou em compasso<br />
com a média