freakonomics - o lado oculto e inesperado de tudo que ... - Ipcp.org.br
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Vê-se <strong>que</strong> a expectativa <strong>de</strong> vitória do lutador com 7-7, com<<strong>br</strong> />
base em resultados anteriores, era <strong>de</strong> pouco menos <strong>de</strong> 50%, o <strong>que</strong><<strong>br</strong> />
faz sentido. O <strong>de</strong>sempenho dos atletas indica <strong>que</strong> o lutador com<<strong>br</strong> />
8-6 foi ligeiramente superior, mas, na verda<strong>de</strong>, o lutador "em<<strong>br</strong> />
impasse" efetivamente venceu quase oito em <strong>de</strong>z lutas contra o<<strong>br</strong> />
adversário com 8-6. Atletas com 7-7 também costumam se sair<<strong>br</strong> />
excepcionalmente bem contra adversários com 9-5:<<strong>br</strong> />
PERCENTUAL PREVISÍVEL DE VITÓRIA<<strong>br</strong> />
PERCENTUAL DE VITÓRIA EFETIVA<<strong>br</strong> />
DO LUTADOR COM 7-7 CONTRA<<strong>br</strong> />
DO LUTADOR COM 7-7 CONTRA<<strong>br</strong> />
O LUTADOR COM 9-5 O LUTADOR COM 9-5<<strong>br</strong> />
_________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
47,2 73,4<<strong>br</strong> />
Por mais suspeito <strong>que</strong> pareça, apenas um alto percentual <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
vitória não basta para provar <strong>que</strong> uma luta foi "combinada". Já <strong>que</strong><<strong>br</strong> />
tanta coisa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da oitava vitória <strong>de</strong> um lutador, seria <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
esperar <strong>que</strong> ele lutasse com mais garra em um confronto crucial.<<strong>br</strong> />
Talvez, porém, haja mais pistas nos dados <strong>que</strong> comprovem<<strong>br</strong> />
conluio.<<strong>br</strong> />
É pertinente refletir so<strong>br</strong>e o incentivo <strong>que</strong> um atleta possa ter<<strong>br</strong> />
para entregar uma luta. Esse incentivo po<strong>de</strong> ser uma propina (<strong>que</strong><<strong>br</strong> />
obviamente não apareceria nos dados), mas não se exclui a hipótese<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> um "aceno" entre os dois lutadores. Não es<strong>que</strong>çamos <strong>de</strong> <strong>que</strong> o<<strong>br</strong> />
grupo <strong>de</strong> elite dos lutadores <strong>de</strong> sumô é incrivelmente fechado. Cada<<strong>br</strong> />
um dos 66 lutadores <strong>de</strong> elite enfrenta 15 dos <strong>de</strong>mais em um torneio<<strong>br</strong> />
a cada dois meses. Além disso cada atleta pertence a uma aca<strong>de</strong>mia<<strong>br</strong> />
administrada por um ex-campeão <strong>de</strong> sumô, <strong>de</strong> modo <strong>que</strong> até as<<strong>br</strong> />
aca<strong>de</strong>mias rivais mantêm laços profundos entre si (lutadores da<<strong>br</strong> />
mesma aca<strong>de</strong>mia não se enfrentam em lutas).<<strong>br</strong> />
Agora examinemos os percentuais <strong>de</strong> vitória-<strong>de</strong>rrota em se<<strong>br</strong> />
tratando <strong>de</strong> lutadores com 7-7 e 8-6 na luta seguinte entre eles,<<strong>br</strong> />
quando nenhum dos dois está "em impasse". Nesse caso, a luta<<strong>br</strong> />
em si não envolve gran<strong>de</strong> pressão. Presume-se <strong>que</strong> o <strong>de</strong>sempenho<<strong>br</strong> />
dos atletas <strong>que</strong> conquistaram o escore <strong>de</strong> 7-7 no torneio anterior<<strong>br</strong> />
seja tão satisfatório quanto foi no enfrentamento prévio dos<<strong>br</strong> />
mesmos adversários – ou seja, <strong>que</strong> vençam cerca <strong>de</strong> 50% dos