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freakonomics - o lado oculto e inesperado de tudo que ... - Ipcp.org.br

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ele acor<strong>de</strong>. O pai acaba sendo preso por agressão sexual e, aos 12<<strong>br</strong> />

anos, o garoto já está se virando sozinho.<<strong>br</strong> />

Não é preciso ser <strong>de</strong>fensor da parentalida<strong>de</strong> obsessiva para ver<<strong>br</strong> />

<strong>que</strong> o segundo menino não tem chance alguma e <strong>que</strong> o primeiro já<<strong>br</strong> />

nasceu com a vida ganha. Quais as chances <strong>de</strong> o segundo, com o<<strong>br</strong> />

problema adicional da discriminação, vir a levar uma vida<<strong>br</strong> />

produtiva? Quais as chances <strong>de</strong> o primeiro, tão <strong>de</strong>cididamente<<strong>br</strong> />

talhado para o sucesso, vir a fracassar? E quanto <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>stino <strong>de</strong>ve<<strong>br</strong> />

cada um <strong>de</strong>les creditar aos pais?<<strong>br</strong> />

Seria possível teorizar in<strong>de</strong>finidamente so<strong>br</strong>e o <strong>que</strong> torna um pai<<strong>br</strong> />

perfeito. Os autores <strong>de</strong>ste livro dispõem <strong>de</strong> dois motivos para não<<strong>br</strong> />

fazê-lo. O primeiro é <strong>que</strong> nenhum dos dois se <strong>de</strong>clara especialista<<strong>br</strong> />

em parentalida<strong>de</strong> (embora, juntos, tenhamos seis filhos com menos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> cinco anos). O segundo é <strong>que</strong> a teoria nos convence menos do<<strong>br</strong> />

<strong>que</strong> o dizem os dados.<<strong>br</strong> />

Algumas facetas do futuro <strong>de</strong> uma criança – a personalida<strong>de</strong>,<<strong>br</strong> />

por exemplo, ou a criativida<strong>de</strong> – não são facilmente mensuráveis<<strong>br</strong> />

através dos dados. Mas o <strong>de</strong>sempenho escolar é. Uma vez <strong>que</strong> a<<strong>br</strong> />

maioria dos pais concorda quanto ao fato <strong>de</strong> <strong>que</strong> a educação é o<<strong>br</strong> />

núcleo da formação <strong>de</strong> uma criança, faz todo sentido começar pelo<<strong>br</strong> />

exame <strong>de</strong> um conjunto reve<strong>lado</strong>r <strong>de</strong> dados escolares.<<strong>br</strong> />

Esses dados dizem respeito à escolha da escola, um tema so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

o qual a maioria das pessoas tem opiniões fortes, num sentido ou<<strong>br</strong> />

noutro. Os <strong>de</strong>fensores <strong>de</strong>sse princípio argumentam <strong>que</strong> os impostos<<strong>br</strong> />

<strong>que</strong> pagam <strong>de</strong>vem lhes dar o direito <strong>de</strong> mandar os filhos para a<<strong>br</strong> />

melhor escola possível. Seus adversários se preocupam com a<<strong>br</strong> />

possibilida<strong>de</strong> da escolha acabar confinando os piores alunos nas<<strong>br</strong> />

piores escolas. Ainda assim, praticamente todos os pais acreditam<<strong>br</strong> />

<strong>que</strong> seu filho virá a se <strong>de</strong>senvolver, bastando apenas <strong>que</strong> freqüente a<<strong>br</strong> />

escola cena, a<strong>que</strong>la <strong>que</strong> combine <strong>de</strong> forma apropriada ensino,<<strong>br</strong> />

ativida<strong>de</strong>s extracurriculares, ambiente amistoso e segurança.<<strong>br</strong> />

A opção <strong>de</strong> escolha não é novida<strong>de</strong> na re<strong>de</strong> pública escolar <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Chicago. Isso se <strong>de</strong>ve ao fato <strong>de</strong> <strong>que</strong> nela, como acontece na

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