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freakonomics - o lado oculto e inesperado de tudo que ... - Ipcp.org.br

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E o nome importa?<<strong>br</strong> />

Os dados mostram <strong>que</strong>, na média, uma pessoa com um nome<<strong>br</strong> />

ostensivamente negro — seja uma mulher chamada Imani ou um<<strong>br</strong> />

homem chamado DeShawn — tem, com efeito, um futuro pior do<<strong>br</strong> />

<strong>que</strong> uma mulher chamada Molly ou um homem chamado Jake. O<<strong>br</strong> />

problema, con<strong>tudo</strong>, não está no nome. Se dois garotos negros, Jake<<strong>br</strong> />

Williams e DeShawn Williams nascem no mesmo bairro e sob as<<strong>br</strong> />

mesmas circunstâncias familiares e econômicas, é provável <strong>que</strong> os<<strong>br</strong> />

dois tenham futuros similares. No entanto, o tipo <strong>de</strong> pai <strong>que</strong> batiza o<<strong>br</strong> />

filho <strong>de</strong> Jake não costuma morar no mesmo bairro on<strong>de</strong> mora o<<strong>br</strong> />

tipo <strong>de</strong> pai <strong>que</strong> dá ao filho o nome <strong>de</strong> DeShawn nem partilhar as<<strong>br</strong> />

circunstâncias econômicas <strong>de</strong>ste. Por isso, na média, um menino<<strong>br</strong> />

chamado Jake ten<strong>de</strong> a ganhar mais dinheiro e adquirir mais<<strong>br</strong> />

instrução do <strong>que</strong> outro chamado DeShawn. E mais provável <strong>que</strong><<strong>br</strong> />

um DeShawn se veja comprometido por um passado <strong>de</strong> baixa<<strong>br</strong> />

renda, pouca instrução e um lar <strong>de</strong> um único genitor. Seu nome é<<strong>br</strong> />

um indicador — não uma causa — <strong>de</strong> seu futuro. Assim como uma<<strong>br</strong> />

criança <strong>que</strong> não tem livros em casa tem menos probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tirar notas altas na escola, um menino chamado DeShawn tem<<strong>br</strong> />

menos probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se dar bem na vida.<<strong>br</strong> />

E se DeShawn tivesse mudado seu nome para Jake ou Connor?<<strong>br</strong> />

Sua situação mudaria para melhor? Eis uma pista: qual<strong>que</strong>r um <strong>que</strong> se<<strong>br</strong> />

dê ao trabalho <strong>de</strong> mudar <strong>de</strong> nome em prol do sucesso econômico está,<<strong>br</strong> />

no mínimo — como os estudantes <strong>de</strong> Chicago <strong>que</strong> entraram no<<strong>br</strong> />

sorteio para escolher uma escola —, altamente motivado, e motivação<<strong>br</strong> />

talvez seja um indicador <strong>de</strong> sucesso maior do <strong>que</strong> este ou a<strong>que</strong>le<<strong>br</strong> />

nome.<<strong>br</strong> />

Assim como os dados do Es<strong>tudo</strong> Longitudinal respon<strong>de</strong>ram a<<strong>br</strong> />

perguntas so<strong>br</strong>e parentalida<strong>de</strong> <strong>que</strong> extrapolavam a <strong>que</strong>stão do<<strong>br</strong> />

abismo entre as notas escolares <strong>de</strong> negros e <strong>de</strong> <strong>br</strong>ancos, os dados<<strong>br</strong> />

californianos so<strong>br</strong>e nomes contam uma série <strong>de</strong> histórias além<<strong>br</strong> />

da<strong>que</strong>la dos nomes ostensivamente negros. Genericamente falando,<<strong>br</strong> />

os da-dos nos dizem como os pais vêem a si mesmos — e, o <strong>que</strong> é<<strong>br</strong> />

mais significativo, <strong>que</strong> tipo <strong>de</strong> expectativas têm em relação aos<<strong>br</strong> />

filhos.

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