freakonomics - o lado oculto e inesperado de tudo que ... - Ipcp.org.br
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negros seriam inferiores. Se tal revolução nos nomes foi<<strong>br</strong> />
efetivamente inspirada pelo Riad . Power, essa teria sido uma das<<strong>br</strong> />
conseqüências mais duradouras do movimento. Penteados afros<<strong>br</strong> />
são raros hoje em dia, dashikis mais raros ainda. O fundador do<<strong>br</strong> />
Black Panther, Boby Seale, é mais conhecido hoje por promover<<strong>br</strong> />
uma linha <strong>de</strong> produtos para churrasco.<<strong>br</strong> />
Uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nomes negros são hoje<<strong>br</strong> />
exclusivida<strong>de</strong> dos negros. Mais <strong>de</strong> 40% das meninas negras<<strong>br</strong> />
nascidas na Califórnia num dado ano recebem um nome <strong>que</strong><<strong>br</strong> />
nenhuma das cerca <strong>de</strong> 100 mil recém-nascidas <strong>br</strong>ancas recebeu<<strong>br</strong> />
na<strong>que</strong>le mesmo ano. Mais notável ainda é o fato <strong>de</strong> <strong>que</strong> 30% das<<strong>br</strong> />
meninas negras ganham um nome <strong>que</strong> não aparece entre os<<strong>br</strong> />
bebês em geral, <strong>br</strong>ancos e negros, nascidos na<strong>que</strong>le ano na<<strong>br</strong> />
Califórnia (vale dizer <strong>que</strong>, só na década <strong>de</strong> 1990, 228 bebês<<strong>br</strong> />
também foram batizados <strong>de</strong> "Uni<strong>que</strong>",* além <strong>de</strong> três <strong>que</strong><<strong>br</strong> />
receberam os similares "Uneek", "Une<strong>que</strong>" e "Uneqqee").<<strong>br</strong> />
Mesmo quando se trata <strong>de</strong> nomes negros muito populares, é<<strong>br</strong> />
rara a sua escolha por <strong>br</strong>ancos. Das 629 meninas batizadas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
Deja nos anos 90, 591 eram negras. Das 454 Precious, 431 eram<<strong>br</strong> />
negras. Das 318 Shanices, 310 eram negras.<<strong>br</strong> />
Que tipo <strong>de</strong> genitor tem mais propensão a batizar um filho<<strong>br</strong> />
com um nome negro tão peculiar? Os dados fornecem uma<<strong>br</strong> />
resposta cristalina: uma mãe solteira, <strong>de</strong> baixa renda e pouco<<strong>br</strong> />
instruída oriunda <strong>de</strong> um bairro negro e dona, ela própria, <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />
nome negro peculiar. Para Fryer, dar a um filho um nome<<strong>br</strong> />
supernegro é, por parte <strong>de</strong> pais negros, um sinal <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
com a comunida<strong>de</strong>. "Se eu batizar meu filho <strong>de</strong> Madison", diz ele,<<strong>br</strong> />
"talvez pensem `tem alguém <strong>que</strong>rendo se mudar para o outro <strong>lado</strong><<strong>br</strong> />
da linha do trem, não é ? ' Se as crianças negras <strong>que</strong> estudam<<strong>br</strong> />
cálculo e balé são acusadas <strong>de</strong> "comportamento <strong>br</strong>anco",<<strong>br</strong> />
argumenta Fryer, as mães <strong>que</strong> põem o nome <strong>de</strong> Shanice nas filhas<<strong>br</strong> />
estão simplesmente adotando o "comportamento negro".<<strong>br</strong> />
_______________________<<strong>br</strong> />
* Nota da Tradutora: Em português tem o sentido <strong>de</strong> especial, ímpar.