05.03.2014 Views

freakonomics - o lado oculto e inesperado de tudo que ... - Ipcp.org.br

freakonomics - o lado oculto e inesperado de tudo que ... - Ipcp.org.br

freakonomics - o lado oculto e inesperado de tudo que ... - Ipcp.org.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

No verão <strong>de</strong> 2003, a The New York Times Magazine encarregou o<<strong>br</strong> />

escritor e jornalista Stephen J. Dubner <strong>de</strong> elaborar um perfil <strong>de</strong> Steven<<strong>br</strong> />

D. Levitt, um jovem economista bada<strong>lado</strong> da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Chicago.<<strong>br</strong> />

Dubner, <strong>que</strong> na época fazia pesquisas para um livro so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

psicologia do dinheiro, vinha entrevistando vários economistas,<<strong>br</strong> />

tendo <strong>de</strong>scoberto <strong>que</strong> o inglês dos mesmos correspondia a uma<<strong>br</strong> />

quarta ou quinta língua. Levitt, <strong>que</strong> acabara <strong>de</strong> receber o prêmio<<strong>br</strong> />

John Bates Clark (concedido a cada biênio ao melhor economista<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> menos <strong>de</strong> quarenta anos), vinha sendo entrevistado por diversos<<strong>br</strong> />

jornalistas, tendo <strong>de</strong>scoberto <strong>que</strong> o raciocínio dos mesmos não era<<strong>br</strong> />

muito... consistente, como diria um economista.<<strong>br</strong> />

Mas Levitt concluiu <strong>que</strong> Dubner não era um rematado idiota. E<<strong>br</strong> />

Dubner <strong>de</strong>sco<strong>br</strong>iu <strong>que</strong> Levitt não era uma régua <strong>de</strong> cálculo humana.<<strong>br</strong> />

O escritor ficou fascinado pela criativida<strong>de</strong> dos trabalhos do<<strong>br</strong> />

economista e por seu talento para explicá-los. Apesar das excelentes<<strong>br</strong> />

cre<strong>de</strong>nciais <strong>de</strong> Levitt (diploma <strong>de</strong> Harvard, Ph.D. no MIT e uma<<strong>br</strong> />

coleção <strong>de</strong> prêmios), ele falava <strong>de</strong> economia <strong>de</strong> um jeito nada<<strong>br</strong> />

ortodoxo. Dava a impressão <strong>de</strong> ver as coisas não como um acadêmico,<<strong>br</strong> />

mas como um pesquisador extremamente inteligente e curioso<<strong>br</strong> />

– à maneira <strong>de</strong> um diretor <strong>de</strong> documentários ou um investiga-dor<<strong>br</strong> />

policial, ou, <strong>que</strong>m sabe, <strong>de</strong> um bookmaker cujos negócios a<strong>br</strong>anjam<<strong>br</strong> />

do esporte ao jogo do bicho, passando pela cultura pop. Parecia<<strong>br</strong> />

pouco interessado pelo tipo <strong>de</strong> <strong>que</strong>stões financeiras <strong>que</strong> logo vêm à<<strong>br</strong> />

cabeça quando se pensa em economia; <strong>de</strong> certa forma, exalava<<strong>br</strong> />

modéstia. "Não entendo muito <strong>de</strong> economia", disse a Dubner a<<strong>br</strong> />

certa altura. "Não sou bom em matemática, não domino econometria<<strong>br</strong> />

e também sou fraco em teoria. Se pedirem a minha opinião so<strong>br</strong>e se<<strong>br</strong> />

as ações vão subir ou cair, se me perguntarem se a economia vai<<strong>br</strong> />

crescer ou encolher, se <strong>de</strong>flação é uma coisa boa ou ruim, ou se<<strong>br</strong> />

quiserem <strong>que</strong> eu fale <strong>de</strong> impostos, eu seria um charla-tão se<<strong>br</strong> />

opinasse so<strong>br</strong>e qual<strong>que</strong>r um <strong>de</strong>sses temas."<<strong>br</strong> />

Levitt se interessa pelo dia-a-dia e seus enigmas. Suas pesquisas<<strong>br</strong> />

fariam a festa <strong>de</strong> qual<strong>que</strong>r pessoa <strong>que</strong> buscasse enten<strong>de</strong>r como o<<strong>br</strong> />

mundo realmente funciona. Sua postura atípica foi retratada no<<strong>br</strong> />

artigo escrito por Dubner:

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!