freakonomics - o lado oculto e inesperado de tudo que ... - Ipcp.org.br

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Pais perfeitos, parte I I ; ou:<br />
uma Roshanda seria tão<br />
doce se tivesse outro nome?<br />
Obsessivos ou não, pais e mães querem crer que é grande a<br />
diferença que fazem quanto ao tipo de pessoa que o filho vier a<br />
ser. Caso contrário, por que se dar a tanto trabalho?<br />
O primeiro ato oficial dos pais – dar nome ao bebê – evidencia<br />
tal crença. Como qualquer pai/mãe moderno sabe, a indústria dos<br />
nomes de bebês está em alta, conforme comprova a proliferação de<br />
livros, sites na Internet e consultores especializados. Muitos pais<br />
parecem acreditar que uma criança não terá sucesso a menos que<br />
receba o nome certo, sendo que muitos os consideram portadores<br />
de um elemento estético ou até mesmo de poderes proféticos.<br />
É possível que isso explique por que, em 1958, um cidadão<br />
nova-iorquino, Robert Lane, resolveu chamar seu filho<br />
recém-nascido de Winner (vencedor). Os Lane, que residiam num<br />
conjunto habitacional no Harlem, já tinham vários filhos, cada<br />
um com um nome banal. Mas este agora... Aparentemente,<br />
Robert Lane sentira algo diferente com relação ao garoto. Winner<br />
Lane: como ele poderia fracassar com um nome desses?<br />
Três anos depois, os Lane tiveram outro menino, o sétimo e<br />
último filho. Por razões que ninguém hoje consegue identificar,<br />
Robert resolveu chamá-lo Loser (perdedor/fracassado). Que se<br />
saiba, ele nada tinha contra o novo bebê, querendo apenas fazer<br />
uma brincadeira com os nomes dos dois últimos filhos. Primeiro