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freakonomics - o lado oculto e inesperado de tudo que ... - Ipcp.org.br

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nascidas na esteira da proibição do abono tinham muito mais<<strong>br</strong> />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se tomarem criminosas do <strong>que</strong> as nascidas<<strong>br</strong> />

anteriormente. Por quê? Es<strong>tudo</strong>s em outras regiões da Europa<<strong>br</strong> />

Oriental e na Escandinávia dos anos 30 aos anos 60 revelaram uma<<strong>br</strong> />

tendência similar. Na maioria dos casos o aborto não foi totalmente<<strong>br</strong> />

proibido, mas exigia-se <strong>que</strong> a mulher recorresse a um juiz para fazêlo.<<strong>br</strong> />

Os pesquisadores <strong>de</strong>sco<strong>br</strong>iram <strong>que</strong> nas situações em <strong>que</strong> o<<strong>br</strong> />

aborto era negado a uma mulher, ela em geral se ressentia do filho,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> proporcionar para a criança um lar saudável. Mesmo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>scontando os fatores renda, ida<strong>de</strong>, instrução e saú<strong>de</strong> da mãe,<<strong>br</strong> />

esses pesquisadores concluíram <strong>que</strong> tais crianças também eram mais<<strong>br</strong> />

propensas a se tornarem criminosas.<<strong>br</strong> />

Por outro <strong>lado</strong>, os Estados Unidos tiveram urna história diversa<<strong>br</strong> />

da Europa na <strong>que</strong>stão do aborto. Nos primórdios da nação, era<<strong>br</strong> />

permitido fazer um aborto antes da fase do "chute" – ou seja, quando<<strong>br</strong> />

os primeiros movimentos do feto já po<strong>de</strong>m ser sentidos,<<strong>br</strong> />

normalmente por volta <strong>de</strong> 16 a 18 semanas <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>z. Em 1828,<<strong>br</strong> />

Nova York tornou-se o primeiro estado a limitar o aborto: em 1900,<<strong>br</strong> />

ele foi <strong>de</strong>clarado ilegal em todo o país. No século XX, o<<strong>br</strong> />

procedimento costumava ser perigoso e caro, razão pela qual<<strong>br</strong> />

poucas mulheres po<strong>br</strong>es faziam abortos. O acesso <strong>de</strong>ssas mulheres<<strong>br</strong> />

aos métodos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> natalida<strong>de</strong> também era menor. Em<<strong>br</strong> />

conseqüência disso, o <strong>que</strong> elas tinham, sim, era mais filhos.<<strong>br</strong> />

No final dos anos 60, vários estados começaram a permitir o<<strong>br</strong> />

aborto em circunstâncias extremas: estupro, incesto ou risco para a<<strong>br</strong> />

mãe. Em 1970, cinco estados já haviam legalizado o aborto e<<strong>br</strong> />

tornado o procedimento acessível: Nova York, Califórnia,<<strong>br</strong> />

Washington, Alasca e Havaí. Em 22 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1973, a<<strong>br</strong> />

legalização do aborto foi repentinamente estendida a todo o país<<strong>br</strong> />

com a sentença da Suprema Corte no processo Roe x Wa<strong>de</strong>. A<<strong>br</strong> />

opinião da maioria, relatada pelo <strong>de</strong>sembargador Harry Blackmun,<<strong>br</strong> />

se referia especificamente ao calvário da futura mãe:<<strong>br</strong> />

O prejuízo <strong>que</strong> o Estado imporia à mulher grávida ao negar<<strong>br</strong> />

tal opção é evi<strong>de</strong>nte...

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