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freakonomics - o lado oculto e inesperado de tudo que ... - Ipcp.org.br

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foi classificado como o melhor do mundo, a maioria das crianças<<strong>br</strong> />

não entra na escola antes dos sete anos, mas muitas <strong>de</strong>las<<strong>br</strong> />

costumam apren<strong>de</strong>r a ler sozinhas assistindo a programas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

televisão americanos com legendas em finlandês). Igualmente, o<<strong>br</strong> />

uso <strong>de</strong> computador em casa não transforma ninguém num<<strong>br</strong> />

Einstein: os dados do es<strong>tudo</strong> não mostram correlação alguma<<strong>br</strong> />

entre o uso do computador e os resultados escolares.<<strong>br</strong> />

Agora, a última dupla <strong>de</strong> fatores:<<strong>br</strong> />

Relevante: A criança tem muitos livros em casa.<<strong>br</strong> />

Irrelevante: Os pais lêem para a criança quase diariamente.<<strong>br</strong> />

Conforme observado anteriormente, comprovou-se <strong>que</strong> uma<<strong>br</strong> />

criança com muitos livros em casa realmente se sai melhor nos<<strong>br</strong> />

es<strong>tudo</strong>s. Ler regularmente para ela, porém, não afeta suas notas.<<strong>br</strong> />

Tal afirmação parece encerrar um enigma, remetendo-nos à<<strong>br</strong> />

pergunta original: quanto exatamente, e <strong>de</strong> <strong>que</strong> forma, os pais<<strong>br</strong> />

realmente importam?<<strong>br</strong> />

Comecemos com a correlação positiva: ter livros em casa é<<strong>br</strong> />

igual a melhores notas na escola. A maioria inferiria <strong>de</strong>ssa<<strong>br</strong> />

correlação uma óbvia relação <strong>de</strong> causa e efeito. Vejamos: um<<strong>br</strong> />

garotinho chamado Isaías tem um monte <strong>de</strong> livros em casa. Ele se<<strong>br</strong> />

sai muitíssimo bem nas provas <strong>de</strong> leitura na escola, provavelmente<<strong>br</strong> />

por<strong>que</strong> o pai ou a mãe costuma ler para ele. No entanto, a<<strong>br</strong> />

coleguinha Emily, <strong>que</strong> também tem um monte <strong>de</strong> livros em casa,<<strong>br</strong> />

praticamente nunca toca neles, preferindo <strong>br</strong>incar com sua Barbie e<<strong>br</strong> />

ver <strong>de</strong>senhos na televisão. Emily tem exatamente o mesmo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sempenho escolar <strong>de</strong> Isaías. Por outro <strong>lado</strong>, o amiguinho <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Isaías e Emily, Ricky, não tem nenhum livro em casa, mas freqüenta<<strong>br</strong> />

a biblioteca diariamente com a mãe; Ricky é um leitor fanático.<<strong>br</strong> />

Curiosamente, seu <strong>de</strong>sempenho escolar é pior do <strong>que</strong> o <strong>de</strong> Emily<<strong>br</strong> />

ou o <strong>de</strong> Isaías.<<strong>br</strong> />

O <strong>que</strong> <strong>de</strong>duzir daí? Se ler livros não produz impacto nas notas<<strong>br</strong> />

escolares da primeira infância, será <strong>que</strong> sua mera presença física na<<strong>br</strong> />

casa

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