freakonomics - o lado oculto e inesperado de tudo que ... - Ipcp.org.br
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explicação para adotados com baixo índice <strong>de</strong> aprendizado, <strong>que</strong>,<<strong>br</strong> />
embora soe <strong>de</strong> mau gosto, combina com a teoria econômica básica<<strong>br</strong> />
do interesse pessoal: a mãe <strong>que</strong> sabe <strong>que</strong> vai entregar seu bebê à<<strong>br</strong> />
adoção costuma não tomar os mesmos cuidados pré-natais <strong>que</strong> uma<<strong>br</strong> />
mulher <strong>que</strong> manterá o filho consigo (consi<strong>de</strong>remos — correndo o<<strong>br</strong> />
risco <strong>de</strong> expandir o raciocínio <strong>de</strong> mau gosto — a forma como alguém<<strong>br</strong> />
trata o próprio carro e a<strong>que</strong>le <strong>que</strong> alugou para o fim <strong>de</strong> semana).<<strong>br</strong> />
Mas se um filho adotado ten<strong>de</strong> a tirar notas mais baixas, o mesmo<<strong>br</strong> />
não acontece com uma criança <strong>que</strong> apanha. Talvez isso surpreenda<<strong>br</strong> />
— não por<strong>que</strong> espancamentos são necessariamente prejudicais, mas<<strong>br</strong> />
por<strong>que</strong>, em termos convencionais, bater é consi<strong>de</strong>rado uma prática<<strong>br</strong> />
ignorante. Assim somos levados a supor <strong>que</strong> pais <strong>que</strong> batem nos<<strong>br</strong> />
filhos sejam ignorantes sob outros aspectos. Porém, esse talvez não<<strong>br</strong> />
seja o caso, ou <strong>que</strong>m sabe exista uma outra história a ser conta-da<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e os espancamentos. Recor<strong>de</strong>mos <strong>que</strong> o Es<strong>tudo</strong> Longitudinal<<strong>br</strong> />
incluiu entrevistas diretas com os pais das crianças. Assim, um pai<<strong>br</strong> />
— ou mãe — teria <strong>que</strong> se sentar cara a cara como pesquisador oficial e<<strong>br</strong> />
admitir espancar o filho, o <strong>que</strong> levaria a crer <strong>que</strong> por estar disposto a<<strong>br</strong> />
isso, ele/ela seja ignorante ou — mais interessante ainda —<<strong>br</strong> />
tremendamente honesto. E possível <strong>que</strong> a honestida<strong>de</strong> seja mais<<strong>br</strong> />
essencial para configurar uma boa criação do <strong>que</strong> o hábito <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
espancar seja essencial para configurar uma má criação.<<strong>br</strong> />
Relevante: Os pais da criança estão engajados na Associação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
Pais e Mestres.<<strong>br</strong> />
Irrelevante: A criança assiste bastante à televisão.<<strong>br</strong> />
Uma criança cujos pais estejam engajados na Associação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
Pais e Mestres costuma se sair bem na escola — o <strong>que</strong><<strong>br</strong> />
provavelmente indica <strong>que</strong> os pais com forte ligação com a educação<<strong>br</strong> />
criam crianças mais inteligentes. Os dados do es<strong>tudo</strong>, por outro<<strong>br</strong> />
<strong>lado</strong>, não mostram correlação entre as notas escolares <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />
criança e a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo <strong>que</strong> ela passa diante da televisão.<<strong>br</strong> />
Contraria-mente à sabedoria convencional, ao <strong>que</strong> <strong>tudo</strong> indica ver<<strong>br</strong> />
televisão não embota o cére<strong>br</strong>o da criança (na Finlândia, on<strong>de</strong> o<<strong>br</strong> />
sistema <strong>de</strong> ensino