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freakonomics - o lado oculto e inesperado de tudo que ... - Ipcp.org.br

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<strong>de</strong>struição em massa iraquianas, o mal da vaca louca, a síndrome da<<strong>br</strong> />

morte súbita <strong>de</strong> bebês: como ignorar os conselhos do especialista<<strong>br</strong> />

nesses horrores quando, à semelhança do tio malvado <strong>que</strong> conta<<strong>br</strong> />

histórias <strong>de</strong> terror para crianças pe<strong>que</strong>nas <strong>de</strong>mais, ele nos reduz a<<strong>br</strong> />

bebês apavorados?<<strong>br</strong> />

Ninguém é mais suscetível ao terrorismo <strong>de</strong> um especialista<<strong>br</strong> />

do <strong>que</strong> um pai ou uma mãe. O medo é, na verda<strong>de</strong>, um<<strong>br</strong> />

componente <strong>de</strong> peso no exercício da parentalida<strong>de</strong>. Um genitor,<<strong>br</strong> />

afinal é o ze<strong>lado</strong>r da vida <strong>de</strong> uma outra criatura, criatura essa <strong>que</strong><<strong>br</strong> />

no começo é mais in<strong>de</strong>fesa do <strong>que</strong> o recém-nascido <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

praticamente qual<strong>que</strong>r das outras espécies. Isso leva um bom<<strong>br</strong> />

número <strong>de</strong> pais a gastar um bocado da energia <strong>de</strong> <strong>que</strong> precisam<<strong>br</strong> />

para criar os filhos administrando o medo.<<strong>br</strong> />

O problema é <strong>que</strong> eles costumam temer as coisas erradas. Não<<strong>br</strong> />

lhes cabe culpa por isso. Distinguir fatos <strong>de</strong> boatos é sempre difícil,<<strong>br</strong> />

principalmente para um pai (ou mãe) ocupado. E o burburinho<<strong>br</strong> />

causado pelos especialistas — para não falar na pressão por parte <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

outros pais — é tão acachapante <strong>que</strong> eles quase não conseguem<<strong>br</strong> />

pensar por si mesmos. Os fatos <strong>que</strong> conseguem enxergar em geral<<strong>br</strong> />

já foram maquiados ou exagerados, se não mesmo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>scontextualizados, para servir ao interesse <strong>de</strong> terceiros.<<strong>br</strong> />

Consi<strong>de</strong>remos os pais <strong>de</strong> uma menina <strong>de</strong> oito anos chamada —<<strong>br</strong> />

digamos — Molly. Suas duas melhores amigas, Amy e Imani, moram<<strong>br</strong> />

na vizinhança. Os pais <strong>de</strong> Molly sabem <strong>que</strong> os pais <strong>de</strong> Amy têm<<strong>br</strong> />

uma arma em casa e por isso proibiram Molly <strong>de</strong> <strong>br</strong>incar lá. Por<<strong>br</strong> />

essa razão, Molly passa um bom tempo na casa <strong>de</strong> Imani, on<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

existe uma piscina na parte dos fundos. Os pais <strong>de</strong> Molly estão<<strong>br</strong> />

satisfeitos por terem feito uma escolha inteligente visando à<<strong>br</strong> />

segurança da filha.<<strong>br</strong> />

Segundo os dados, con<strong>tudo</strong>, essa escolha nada tem <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

inteligente. Todos os anos há um afogamento infantil para cada 11<<strong>br</strong> />

mil piscinas resi<strong>de</strong>nciais nos Estados Unidos (num país com 6<<strong>br</strong> />

milhões <strong>de</strong> piscinas, isso representa, aproximadamente, 550<<strong>br</strong> />

crianças <strong>de</strong> menos <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos afogadas anualmente). Enquanto<<strong>br</strong> />

isso, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> morte infantil por arma <strong>de</strong> fogo é <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />

para

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