freakonomics - o lado oculto e inesperado de tudo que ... - Ipcp.org.br

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Para começar, uma pergunta: afinal, de onde vêm os nomes?<br />Não a fonte em si onde são garimpados – isso é óbvio: a Bíblia, o<br />enorme apanhado de nomes tradicionais ingleses, alemães,<br />italianos e franceses, nomes de princesas e nomes hippies, nomes<br />nostálgicos e de lugares. Cada vez mais os nomes de marcas<br />(Lexus, Armani, Bacardi, Timberland) e o que chamaríamos de<br />nomes "aspiracionais". Os dados californianos mostram oito<br />Harvards nascidos nos anos 90 (todos eles negros), 15 Yales (todos<br />brancos) e 18 Princetons (todos negros). Não está registrado<br />nenhum Doctor, mas há três Lawyers (advogados) (todos negros),<br />nove Judges (juízes) (oito deles brancos), três Senators (senadores)<br />(todos brancos) e dois Presidents (ambos negros). Existem, também,<br />os nomes inventados. Roland G. Fryer Jr., ao longo do programa<br />de rádio em que discutia sua pesquisa sobre nomes, recebeu um<br />telefonema de uma mulher negra preocupada com o nome dado a<br />uma sobrinha recém-nascida. O mesmo era pronunciado<br />shuh-Teed, mas tinha a grafia "Shithead" (cabeça de merda).<br />Tomemos ainda os gêmeos Orange (laranja) Jello e Lemon<br />(limão) Jello, também negros, cujos pais ainda tiveram o cuidado<br />de insistir na pronúncia de a-RON-zhello e le-MON-zhello.<br />OrangeJello, LemonJello e Shithead ainda não caíram na<br />boca do povo, mas outros, já. Como é que um nome se espalha, e<br />por quê? Seria apenas uma questão de modismo, ou existe uma<br />explicação lógica? Sabemos que os nomes vão e vêm — basta<br />observar o resgate de Sophie e Max praticamente da extinção — mas<br />será que existe um padrão nesses movimentos?<br />A resposta está nos dados californianos: sim.<br />Entre as mais interessantes revelações presentes nos dados<br />está a correlação entre o nome de um bebê e o status<br />socioeconômico dos pais. Consideremos os nomes femininos<br />mais comumente encontrados nos lares brancos de classe média e<br />nos lares brancos de classe baixa (esta e outras listas posteriores<br />incluem da-dos dos anos 90 apenas, para assegurar uma<br />amostragem ampla, mas também anal).
Nomes femininos mais comuns<br />em lares brancos de classe média<br />1. Sarah 11. Nicole<br />2. Emily 12. Taylor<br />3. Jessica 13. Elizabeth<br />4. Lauren 14. Katherine<br />5. Ashley 15. Madison<br />6. Amanda 16. Jennifer<br />7. Megan 17. Alexandra<br />8. Samantha 18. Brittany<br />9. Hannah 19. Danielle<br />10. Rachel 20. Rebecca<br />Nomes femininos mais comuns<br />em lares brancos de baixa renda<br />1. Ashley 11. Emily<br />2. Jessica 12. Nicole<br />3. Amanda 13. Elizabeth<br />4. Samantha 14. Heather<br />5. Brittany 15. Alyssa<br />6. Sarah 16. Stephanie<br />7. Kayla 17. Jennifer<br />8. Amber 18. Hannah<br />9. Megan 19. Courtney<br />10. Taylor 20. Rebecca<br />É verdade que existe uma boa dose de coincidência. Não<br />esqueçamos, contudo, que esses são os nomes mais comuns entre<br />todos e consideremos o volume do conjunto de dados. A diferença<br />de uma para outra posição consecutiva nessas listas pode<br />representar
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