O Homem de Areia - Lars Kepler

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Com cuidado, começam a examinar Saga, apontando uma lanterna para a boca, o nariz e as orelhas. Elas vão ticando os itens de uma lista, depois a instruem a se deitar na maca. — Deita de lado e puxa um joelho para cima o máximo que conseguir — diz a mulher de luvas. Saga obedece, sem pressa, e a mulher se move entre a maca e a parede atrás das costas dela. Ela tem um calafrio e sente a pele se arrepiar. O papel seco roça em sua bochecha quando vira a cabeça. Ela fecha os olhos com força enquanto o lubrificante é tirado de um frasco. — Você vai sentir um geladinho agora — a mulher diz, enfiando dois dedos o mais fundo possível dentro da vagina de Saga. Não dói, mas é extremamente desconfortável. Saga tenta manter a respiração normal, mas não consegue conter um grito sufocado quando a mulher enfia um dedo em seu ânus. O exame acaba em segundos, e a mulher tira as luvas rapidamente e as joga fora. Entrega um papel para Saga se limpar e explica que ela vai receber roupas novas enquanto estiver ali. Usando um traje verde largo e um par de tênis brancos, ela é levada para a cela na ala 8:4. Antes de fecharem e trancarem a porta, perguntam com simpatia se ela quer um sanduíche de queijo e uma xícara de café. Saga faz que não com a cabeça. Depois que as mulheres vão embora, ela fica parada na cela por um momento. É difícil saber que horas são, mas, antes que seja tarde demais, ela vai até a pia. Enche as mãos de água, toma um pouco e enfia os dedos na garganta. Ela tosse e o estômago se contrai. Depois de alguns espasmos duros e dolorosos, o microfone volta a subir. Seus olhos lacrimejam enquanto ela lava a cápsula e enxagua o rosto. Ela fica deitada no colchão e espera, escondendo o microfone na mão. O corredor lá fora está em silêncio. Saga consegue sentir o cheiro do vaso sanitário e do ralo no chão enquanto olha fixamente para o teto e lê as mensagens e os nomes gravados nas paredes ao longo dos anos. Retângulos de luz do sol se moveram à esquerda, na direção do piso, e Saga escuta passos do lado de fora. Ela enfia a cápsula na boca, se levanta e engole enquanto a fechadura vira e a porta se abre. Está na hora de ir para o hospital Karsudden.
A guarda de uniforme assina sua saída, junto com a de seus pertences e documentos de transferência. Saga permite que algemem suas mãos e seus calcanhares.
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1 O portão de aço se fecha atrás
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Anders não se considera um homem d
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Jurek para, termina de desabotoar a
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3 Anders olha pela janela grossa de
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— Não — Anders responde, olhan
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5 Anders Rönn passa o resto do dia
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puxando os galhos, tentando avistá
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8 Reidar Frost vira a taça de vinh
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— Seus convidados devem estar se
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achou numa caixa no vestíbulo. Ele
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Veronica se levanta, pega a taça d
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que Reidar raramente visita. No dia
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neve. — A ambulância está a cam
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Irma Goodwin relê as informações
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— Para pegá-lo de surpresa, não
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paraquedas se abre. A água se apro
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18 O carro se move pela estrada pre
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mãos e seus pés estavam congelado
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A polícia havia isolado as imedia
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25 Um promotor assumiu a responsabi
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ele entendeu que tinha sido a inten
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— Não, mas não há nada que sug
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Mas… Não, escute, Joona Linna. A
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28 O celular de Samuel tocou na mes
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29 Durante todo esse período, Joon
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havia estado ali. Daquele lugar, da
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Com o tempo, Joona foi obrigado a a
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que o cúmplice existia era que a p
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Seu queixo tremia, e as gotas de su
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33 Mikael Kohler-Frost fala sozinho
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34 Mikael está chorando quando o s
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homem livre aos vinte e três. Às
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Os olhos de Veronica se enchem de l
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36 Reidar Frost está usando uma ca
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— Meu garotinho — ele diz.
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colocam os protetores azuis para os
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Ouve-se um grito. Joona pula em cim
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39 A luz do banheiro está acesa qu
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— Você precisa ir. — Por quê?
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Anders vê que Jurek ainda está se
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Ele amarra a corda ao pé da cama c
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dizem que isso é bom, é do que el
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om Deus. Mikael tosse violentamente
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como, no dia em que Felicia desapar
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— Não sei. Ele nunca diz uma pal
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Reidar, e seus olhos se encontram m
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gritos, sirenes? Qualquer coisa?
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copos e garrafas d’água. As cort
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identificar o cúmplice. — Talvez
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olhei para trás, só continuei cor
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seus papéis. Benny está sentado d
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52 A neve repousa impassível no tr
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— Parece que seu ouvido está com
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sua mão, mas ela o pega contra a c
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oca. Ainda consumida pela raiva, Sa
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— Bernie parece agitado — My di
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Bernie enquanto o paciente ferido t
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tornozelos de Jurek estão presos n
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Cisordinol e espera. Jurek arfa. Se
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Viver ali é muito mais difícil do
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aberta. Uma mulher com o lábio cor
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Ela se dá conta de que está em co
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colegas ficam na garagem, olhando p
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Na mesma hora, percebe que a pergun
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120 Jurek está de volta na esteira
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Stesolid… — Como vou conseguir
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talvez não queira sair do hospital
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Logo depois que Saga diz que há lu
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Ele se recosta na cadeira, fazendo-
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— O filho dele — Joona sussurra
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133 Pollock e Corinne se levantam d
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uma pausa para o café ou trocam de
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ficaria surpreso. Saga quebrou a re
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Ele sorri para ela. — Vai dormir
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totalmente acordada. Não vai se le
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dez anos no campo de trabalhos for
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Para ser honesta, sempre soube que
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desesperadamente uma resposta razo
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My se espreguiça e fala algo que A
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Está prestes a perder o controle d
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passa várias horas por dia aqui.
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Com cuidado, Joona empurra a maçan
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cômodo escuro. Não há ninguém a
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consegue cravar os dentes na amarra
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tiros ecoam na passagem estreita e
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O coração de Joona bate contra o
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A porta do contêiner está entreab
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la novamente e se mover mais para a
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neve, curvando-se na direção das
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Epílogo Dois dias depois, Saga est
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diz. Saga baixa a cabeça e tem dif
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— Estou de licença médica, mas
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desconfiou que um dos novos pacient
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— É a Pellerina — diz uma voz
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EWA-MARIE RUNDQUIST LARS KEPLER é
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Munique Harris, Robert 978855451104
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Travessuras da menina má Llosa, Ma
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Senhor das Moscas Golding, William
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Epílogo Sobre o autor Créditos
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