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O Homem de Areia - Lars Kepler

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Ninguém consegue.<br />

— Fui eu quem o prendi, mas…<br />

— Todo mundo me o<strong>de</strong>ia — ela continua, sem prestar atenção. — Eu me<br />

o<strong>de</strong>io. Não consegui ver nada. Não queria machucar aquela policial, mas<br />

vocês não <strong>de</strong>veriam ter entrado lá. Não <strong>de</strong>veriam ter me procurado, não<br />

<strong>de</strong>veriam…<br />

— Você se lembra do en<strong>de</strong>reço na carta? — Joona interrompe.<br />

— Eu queimei. Pensei que assim acabaria. Não sei o que eu estava<br />

pensando.<br />

— Ele queria que ela fosse enviada a um escritório <strong>de</strong> advocacia?<br />

O corpo <strong>de</strong> Susanne treme com violência.<br />

— Quando posso ver minhas filhas? — ela geme. — Preciso contar para<br />

elas que fiz tudo por elas, mesmo que elas nunca entendam, mesmo que me<br />

o<strong>de</strong>iem…<br />

— Escritório <strong>de</strong> Advocacia Rosenhane?<br />

Ela se vira para ele, os olhos febris, como se tivesse se esquecido <strong>de</strong> que<br />

ele estava ali.<br />

— Sim, era isso — ela diz.<br />

— Quando perguntei antes, você disse que o nome no en<strong>de</strong>reço não era<br />

russo — Joona diz. — Por que seria russo?<br />

— Porque Jurek falou em russo comigo uma vez.<br />

— O que ele disse?<br />

— Não aguento mais, não…<br />

— Tem certeza <strong>de</strong> que ele estava falando em russo?<br />

— Ele disse coisas tão terríveis…

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