O Homem de Areia - Lars Kepler

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Anders entra na cozinha, tira o prato de comida da geladeira e o põe no balcão ao lado do micro-ondas. Ele tira a carta do bolso de trás da calça e pensa em como Jurek ficou repetindo que era um ser humano. Em sua minúscula letra cursiva, Jurek Walter tinha escrito algumas frases desbotadas no papel fino. No canto superior direito, a carta estava destinada a um escritório jurídico em Tensta. Jurek pede ajuda para entender por que tinha sido sentenciado a uma instituição psiquiátrica de segurança máxima. Gostaria de saber se pode ter seu veredito reconsiderado. Anders não consegue entender por que se sente subitamente incomodado, mas há algo estranho no tom da carta e na escolha precisa de palavras, combinadas com os erros de ortografia quase disléxicos. As palavras de Jurek ecoam em sua cabeça enquanto entra no escritório e pega um envelope. Ele copia o endereço da carta, a coloca no envelope e cola um selo. Ele sai de casa e segue na escuridão fria, atravessando o gramado, na direção da caixa de correio perto da rotatória. Depois de deixar a carta na caixa, para e observa os carros passarem na rua Sanda antes de voltar para casa. O vento está fazendo a grama congelada em volta da casa ondular como água. Um coelho passa saltitando pelo lado da casa na direção do quintal dos fundos. Ele abre o portão e ergue os olhos para a janela da cozinha. Toda a estrutura parece uma casa de bonecas. Está tudo aceso e visível. Ele pode ver diretamente dentro do corredor, até o quadro azul que sempre esteve pendurado ali. A porta de seu quarto está aberta. O aspirador de pó está no meio do piso. O fio ainda plugado na tomada da parede. De repente, Anders vê um movimento. Leva um susto. Tem alguém no quarto — ao lado da cama deles. Anders está prestes a entrar correndo quando percebe que na verdade a pessoa está no jardim atrás da casa. É visível apenas através das janelas do quarto. Anders corre pela trilha pavimentada, passa pelo relógio de sol e dá a volta. O homem deve tê-lo ouvido se aproximar, porque já está fugindo. Anders consegue ouvi-lo atravessando a cerca viva de lilases. Ele o persegue,
puxando os galhos, tentando avistá-lo, mas está escuro demais.
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havia estado ali. Daquele lugar, da
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Seu queixo tremia, e as gotas de su
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33 Mikael Kohler-Frost fala sozinho
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homem livre aos vinte e três. Às
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— Você precisa ir. — Por quê?
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Anders vê que Jurek ainda está se
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Ele amarra a corda ao pé da cama c
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dizem que isso é bom, é do que el
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identificar o cúmplice. — Talvez
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Ela dá um cruzado de direita, tão
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explica. — Então, se eu aceitar,
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— Isso não importa — ele respo
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— Porque eu queria passar um temp
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— Por que frases curtas? — Carl
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A guarda de uniforme assina sua sa
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— Tem alguém lá dentro — Gunn
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cabelo ondulado pelas portas de seg
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84 Saga se deita na cama de costas
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85 Jurek para a esteira e sai da sa
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90 É noite, mas Anders Rönn ainda
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podíamos tentar uma droga neurolé
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novo. A água volta, mas ela manté
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prometendo recompensa. Contratou um
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adorava bolo, então a gente pensou
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contida. Ela enfiou a colher no ach
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— Parece que seu ouvido está com
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sua mão, mas ela o pega contra a c
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oca. Ainda consumida pela raiva, Sa
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— Bernie parece agitado — My di
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Bernie enquanto o paciente ferido t
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tornozelos de Jurek estão presos n
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Cisordinol e espera. Jurek arfa. Se
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Viver ali é muito mais difícil do
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aberta. Uma mulher com o lábio cor
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Ela se dá conta de que está em co
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108 Joona acabou de sair do estacio
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ela diz com simpatia. — Ela está
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colegas ficam na garagem, olhando p
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Na mesma hora, percebe que a pergun
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120 Jurek está de volta na esteira
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Stesolid… — Como vou conseguir
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talvez não queira sair do hospital
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Logo depois que Saga diz que há lu
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129 São dez para as sete da noite
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Ele se recosta na cadeira, fazendo-
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— O filho dele — Joona sussurra
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My se espreguiça e fala algo que A
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Está prestes a perder o controle d
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147 É noite quando o avião de Joo
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passa várias horas por dia aqui.
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dias ali. Depois da maquinaria, há
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Com cuidado, Joona empurra a maçan
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cômodo escuro. Não há ninguém a
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153 My pareceu um pouco confusa qua
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— O que você está fazendo? —
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A porta do contêiner está entreab
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Epílogo Dois dias depois, Saga est
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diz. Saga baixa a cabeça e tem dif
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— Estou de licença médica, mas
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desconfiou que um dos novos pacient
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— É a Pellerina — diz uma voz
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EWA-MARIE RUNDQUIST LARS KEPLER é
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Munique Harris, Robert 978855451104
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Travessuras da menina má Llosa, Ma
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Senhor das Moscas Golding, William
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Epílogo Sobre o autor Créditos
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