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atitudes da escola e do meio social em relação à fala das pessoas, especialmente<br />

dos falantes bilíngües de línguas minoritárias.<br />

Por outro lado, ainda se mantém o problema da definição da língua materna<br />

como língua dominante. Para tanto, é preciso recorrer a outros fatores, adicionais<br />

ao do grau de domínio, para determinar claramente o status de cada língua, na<br />

situação bilíngüe. Mackey (1972, p. 556) aponta, por isso, mais três fatores<br />

determinantes para a descrição do bilingüismo, o qual define como “um padrão de<br />

comportamento que envolve práticas lingüísticas que mudam mutuamente, variando<br />

em grau, função, alternância e interferência”: 37<br />

a ) grau: Quanto o falante conhece das línguas que usa? Em outras palavras, quanto<br />

ele é bilíngüe?<br />

b) função: Para que finalidade o bilíngüe usa suas línguas? Que papel as mesmas<br />

desempenham no seu comportamento global?<br />

c ) alternância: Em que medida ele alterna entre suas línguas? Como ele muda<br />

de uma língua para a outra e sob quais condições?<br />

d ) interferência: Em que medida o bilíngüe mantém suas línguas separadas? Até<br />

onde ele as funde? Poderíamos acrescentar, em que direção vai a interferência<br />

(Appel & Muysken 1992, p. 85)?<br />

A descrição destes fatores, assim como a consideração de outros critérios citados<br />

por Weinreich (1974, p. 75) para a determinação da língua dominante, tais como “o meio<br />

de emprego da língua (oral ou escrito), a ordem de aquisição e a idade, a utilidade para<br />

a comunicação, o envolvimento emocional, o papel da língua na promoção social e o<br />

valor literário-cultural das línguas envolvidas”, dão evidências de que a dominância<br />

de uma língua, para um indivíduo bilíngüe, pode ser interpretada, antes de mais<br />

nada, como a soma do conjunto desses fatores, em um dado momento e circunstâncias<br />

da vida do falante (relative proficiency), onde não imperam apenas habilidades<br />

sistêmicas de uso da língua, mas também de ordem sociolingüística e pragmática.<br />

Problema 9: o status socioeducacional<br />

Adotando o ponto de vista de que a língua materna reveste-se de um conjunto<br />

de valores afetivos ligados ao ambiente de aquisição, o seu lar inicial (problema 7), e<br />

de que constitui a primeira língua aprendida (problema 6), sendo por isso geralmente<br />

sua língua dominante (problema 8), não se torna difícil imaginar as conseqüências<br />

37. “[...] a behavioural pattern of mutually modifying linguistic practices varying in degree,<br />

function, alternation, and interference.”

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