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to de Estudos Avançados (USP) e o Pátio do Colégio – cada uma destas tradicionais<br />
e renomadas instituições demonstrou, quando indagada, enorme interesse<br />
por um trabalho em conjunto.<br />
A partir daí, resultados concretos também não tardaram a aparecer. Já em<br />
agosto de 2001, o Instituto conseguiu apresentar um ciclo de concertos (sob a<br />
sonora denominação de “Cantos do Som”), promovido em parceria com o Centro<br />
Universitário da Universidade de São Paulo, que poderá ser visto como modelo<br />
para projetos futuros. Com cadência mensal, são apresentados artistas locais consagrados,<br />
quer solistas, quer conjuntos de música clássica, popular brasileira ou<br />
jazz contemporâneo. E, por meio das apresentações do Kölner Klaviertrio e da<br />
Orquestra Jovem de Jazz de Hessen sob a regência de Wolfgang Diefenbach, ainda<br />
foi possível conferir o almejado tempero alemão à empreitada.<br />
Além das três parcerias citadas, com o Arquivo do Estado, o Instituto Moreira Salles<br />
e o Centro Universitário, há vários projetos atualmente em estágio de planejamento.<br />
Mantendo a brevidade desta apresentação, referimo-nos aqui apenas às colaborações<br />
com o Instituto de Estudos Avançados e o Memorial do Imigrante. Enquanto, no<br />
primeiro caso, se prevê uma parceria constante, duradoura, para a realização de conferências<br />
e seminários de cientistas alemães visitantes, há, em relação ao Memorial do<br />
Imigrante, planos concretos para digitalização e arquivamento eletrônico da totalidade<br />
dos dados registrados, desde fins do século 19, nas listas de imigração do Museu,<br />
relativos aos imigrantes de origem germânica, totalizando 375 mil (a realização deste<br />
projeto faria de ambas as entidades, Instituto Martius-Staden e Memorial do Imigrante,<br />
verdadeiros “Centros de Memória”, nos quais seriam encontrados os dados completos<br />
dos imigrantes de língua alemã chegados a São Paulo).<br />
Para realizar projetos tão ambiciosos e na dimensão almejada, é evidente que<br />
são necessários mais do que apenas bons contatos e parceiros dispostos à cooperação.<br />
O financiamento não poderá provir exclusivamente da Fundação Visconde<br />
de Porto Seguro, que, de toda forma, já tem realizado desembolsos extremamente<br />
generosos quando da microfilmagem do arquivo de jornais (vide parte 1) e<br />
do ciclo de concertos “Cantos do Som”.<br />
Sem poderosos patrocinadores empresariais ou recursos equivalentes da esfera<br />
pública alemã, não há dúvida de que muitos dos projetos serão inviáveis. Por<br />
isso, o Instituto procura obter os meios necessários junto às grandes empresas<br />
alemãs em São Paulo e outros locais. Nesse aspecto, um auxílio importante é oferecido<br />
pela legislação brasileira, que prevê isenções tributárias para projetos culturais<br />
de notória utilidade pública. Apesar dessa premissa altamente favorável, que, no<br />
fundo, representa um marketing gratuito para as empresas, o número das que<br />
atuam ativamente como patrocinadores é extremamente reduzido. Estimativas<br />
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