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confiáveis indicam que, feitas as contas, no máximo 1% das empresas que poderiam<br />
se valer das vantagens fiscais efetivamente atuam como patrocinadores culturais.<br />
Infelizmente, a maioria dos projetos contemplados consiste em megaeventos de<br />
orientação puramente comercial.<br />
Abre-se aqui claramente um dilema para o Instituto Martius-Staden. Como já foi<br />
dito, o Instituto não tem o nome ou a “marca” para assegurar a patrocinadores com<br />
disponibilidade de investimento a visibilidade na mídia por eles almejada. Sem “marca”,<br />
dificilmente atrairá patrocinadores para seus projetos. Mas, sem os subsídios provenientes<br />
da economia privada, os projetos não serão realizáveis. E, sem esses projetos,<br />
completando-se aqui o círculo, o Instituto não conseguirá alcançar a necessária visibilidade,<br />
ou seja, não terá condições de ancorar firmemente a sua “marca”.<br />
Não será fácil quebrar este ciclo. Mas tampouco o Instituto poderá deixar<br />
desmotivar-se pelos problemas aqui apontados. Há de se apostar nas cartas “constância”,<br />
“continuidade” e “coerência”, aprofundar os contatos com outras entidades<br />
culturais, com elas desenvolver projetos em comum, realizar um trabalho junto<br />
ao público de concepção clara e orientado ao longo prazo. Havendo sinergia<br />
entre esses fatores, existe a real chance de que o Instituto possa, já a médio prazo –<br />
ou seja, em dois a três anos –, reconquistar o status de renomado promotor cultural.<br />
Nesta interface, articula-se também a quarta grande área, que ao longo dos<br />
próximos anos terá decisiva participação na definição do campo de atuação do<br />
Instituto e cujos traços básicos são brevemente esboçados a seguir.<br />
Intercâmbio bicultural com parceiros alemães<br />
Dentre o grande número de parceiros em potencial na Alemanha, destacam-se<br />
aquelas entidades cujas atividades correspondam à missão do Instituto Martius-<br />
Staden. Portanto, centros culturais dedicados à literatura e às ciências, que disponham<br />
de uma biblioteca de temática relevante para o Instituto, ou que contribuam<br />
de maneira geral, por meio de seus programas e atividades, com um transitado<br />
intercâmbio cultural entre Brasil e Alemanha.<br />
Logo de início, deve-se citar aqui o ICBRA, Instituto Cultural Brasileiro na Alemanha,<br />
que se distingue por seu programa cultural tanto intensivo como de alta<br />
qualidade e que se tornou o primeiro “porto” a ser procurado por artistas brasileiros<br />
na Alemanha. A seguir, seria desejável um estreitamento do contato com o IfA<br />
(Institut für Auslandsbeziehungen – Instituto de Relações Exteriores), cujas exposições<br />
itinerantes, impressionantes por sua qualidade, representam um marco do<br />
trabalho cultural alemão no exterior. Com o Ibero-Amerikanisches Institut