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e incessante fervor de uns poucos pioneiros asseguravam uma modesta, porém
sempre respeitável, atividade cultural, hoje as mesmas organizações vêem-se
compelidas a adotar uma nova e moderna “imagem”.
O Instituto Martius-Staden vê-se confrontado com um interesse continuamente
decrescente pela tradicional cultural alemã. A disposição das gerações mais
novas a dar continuidade à herança familiar “teuto-brasileira” e prestar homenagem
aos valores alemães e à língua alemã diminui a olhos vistos. À maioria dos
jovens simplesmente falta o estreito relacionamento afetivo com a pátria de seus
pais ou avós, que em gerações anteriores ainda despertava algo como uma consciência
de valores históricos.
Mas deixar-se agora desanimar por isso e lamentar a inexorável erosão dos
“bons velhos tempos” certamente não corresponderia ao espírito do Instituto. Muito
antes disso, deve-se encarar estes tempos de transição como bem-vinda oportunidade
para promover uma já há algum tempo indicada reformulação dos objetivos
e da política necessária para atingi-los. As quatro áreas centrais apresentadas
nos itens precedentes constituem a plataforma para um centro moderno, aberto
ao intercâmbio bicultural. Com todo respeito por história e tradição, não poderão
ser esquecidas as profundas transformações pelas quais as sociedades de ambos os
países passaram ao longo das últimas décadas.
Seja como parceiro de projetos biculturais de maior envergadura, seja como
entidade de pesquisa para cientistas de diversas áreas ou como promotor de eventos
de alto padrão, o Instituto Martius-Staden interliga o antigo com o novo e
procura apresentar ao público brasileiro um quadro essencialmente atual de uma
Alemanha moderna. Nessa empreitada, devemos encontrar, justamente em um
país como o Brasil, que sempre abriu suas portas de boa vontade a imigrantes dos
mais variados países, um grande e constante interesse. O Instituto Martius-Staden
tem plena confiança de ser ladeado, nessa nobre missão, por grande número de
parceiros de ambos os países.