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Nazareno? Não que eu seja um deles, veja bem - ele se escusou,
embora em suas palavras houvesse um tantinho de interesse pelos
fatos que já tinha ouvido narrarem.
Cornélia permanecia calada e feliz. Via, naquela simples conversa,
que os eventos de Joshua já haviam começado a deixar as suas
sementinhas por ali. Mas comentou:
- Do que fomos informadas, esses seguidores não estão por aqui. Ou
estão? O senhor os conhece? Sabe como é, as notícias por aqui
correm velozmente...
- É verdade - ele estendeu amplo sorriso - e exatamente por isso é
que sei que são hóspedes de Otávia, junto com a senhora Celeste,
aqui, apreciadora de meus humildes artigos - ele aproveitou para
levá-las ao motivo que as fizera seguir até ele. Deixava claro,
também, que preferia outros assuntos para conversa dali em diante -
a venda de suas mercadorias.
Elas entenderam a deixa, sorriram e começaram a analisar os
camafeus.
À saída da loja, foram vistas por uma romana, conduzida em uma
cadeirinha elegantemente ornamentada, levada por dois escravos
negros como carvão. Era uma conhecida de Aurélia e que Celeste já
havia avistado rapidamente, em outra ocasião. Túlia as saudou e se
mostrou disposta a conversar.
Rechonchuda, em traje de seda vermelha, tentava disfarçar o
avançar da idade, na flacidez do pescoço, com um colar belíssimo e
de alto valor. Mas possuía feições bonitas ainda e tinha os cabelos
elegantemente penteados.
Túlia não parecia pessoa disposta a ouvir. Falava, falava, até que
apontou para a loja de onde haviam saído.
- Conhecem este mercador? - perguntou com um olhar estranho. -
Sabem que tem parentesco com um importante artesão? E, sem
esperar por uma resposta, prosseguiu: - Dizem que o artesão, que
vive em Roma desde menino, e que não se ocupa nem de religião ou
de política, porque é um simples escravo liberto (é parente desse
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