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Sabíamos desde cedo que a única preferência a nos guiar seria "o
tipo de aprendizado", pois o mundo oferece uma infinidade deles e
nós temos o livre-arbítrio para esta preferência.
Nossas atividades eram comuns, baseadas antes de tudo na
manutenção da alegria para o nosso espírito. E esta alegria sempre
emanava da fonte interna de nossa alma. Entre nós, traduzia-se na
preparação de nossos ideais, na crença de um Deus único, na
certeza de que receberíamos em nosso núcleo Aquele que seria
reconhecido como o Salvador do Mundo.
Sabíamos que cada um de nós seria uma parte integrante num
Reino glorioso, que se assemelharia às constelações do céu, quando
o Salvador nos visitasse. Nós seríamos como aqueles astros a se
moverem na imensidão, aliados pela Força e Luz que Dele
emanaria e percorreríamos a nossa trajetória para o Reino do
Esplendor.
Poucos de nós sabiam quando Ele chegaria, porque percorríamos
nossos estudos sem nos dispersar em indagações. Tínhamos etapas
e metas a cumprir, até recebermos o título de iniciados, quando,
então, ocuparíamos posições diferentes entre os participantes desse
nosso imenso grupo.
Mas devo dizer que ninguém precisou me apontar aquele menino de
porte majestoso e cheio de carisma como o Messias esperado. Eu o
soube no momento em que nossos olhos se encontraram. Eu o
reconheci e Ele, a meu ver, também me reconheceu como amigo,
porque se aproximou sorrindo e nossas almas se irmanaram, dali
em diante, na Fé, no Amor e na Amizade.
Éramos os dois cheios de desembaraços, mas cada um com o seu
cálice a beber. Duas criaturas que já se haviam encontrado em
outras circunstâncias, em outras romagens, na grande
peregrinação dos astros a girarem pelo espaço.
Não me creiam vaidoso por me referir assim à minha alma e à Dele.
As almas de Deus, todas elas, possuem vestígios de Luz. Algumas
conseguem mantê-la e outras preferem apagá-la, quando se
entregam à inconstância de seus sentimentos. Somente as almas
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