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- Que confusão você faz, Manilia. Ainda vai precisar crescer muito,
para ver que aqueles brilhos lá de cima, da Lua, das estrelas e do Sol
não precisam um do outro. Se fosse assim, até já tinham caído. Já
pensei muito nisso. E concluí que é a mão poderosa de um deus
muito muito grande e forte que sustenta tudo por lá.
Manilia olhou-o séria e opinou:
- Nisso eu acho que você tem razão. Deve existir mesmo uma coisa
enorme, como mãos bem fortes, para segurar aquilo tudo lá em
cima. Mas, depois, acrescentou conformada: - Enquanto eu não sei
de quem é, vou continuar a fazer os meus pedidos para a deusa Lua.
Pelo menos ela eu posso ver.
Tocou a vez do rapazinho se pôr sério.
- Isso é verdade. Eu também não consigo ver quem comanda
aquelas belezas lá do céu.
- Então venha comigo, Fulvius. Ajude-me a acender estes incensos
que achei no chão, perto de uma barraca. Vou aproveitar e pedir
para a deusa que abençoe esta pessoa que perdeu os incensos para
eu achar - ela concluiu simploriamente.
Fulvius sorriu para ela com amorosidade e foi ajudá-la.
"Certamente a deusa Lua vai colaborar com seus encantos, para que
essas criaturas se enamorem e tenham uma vida de paz e
prosperidade, se o Ser Supremo reforçar este meu desejo", pensou
Cornélia, sem saber que Hannah também fazia o mesmo augúrio
para o simples casal.
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