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Enquanto havia caminhado com Joshua, não havia tentado sua<br />

experiência de concentração na pérola. Mas naquela ocasião havia<br />

<strong>no</strong>tado, diariamente, o poder da fé em muitas criaturas que<br />

materializavam a cura <strong>no</strong> próprio corpo, quando se aproximavam de<br />

Joshua ou eram tocados por ele. Assim, acreditava que ele<br />

continuaria a auxiliá-la, onde quer que estivesse. Ele a curaria de<br />

suas mágoas e decepções.<br />

A sua primeira concentração, depois de tanto tempo, foi tranqüila. A<br />

silhueta de uma menininha de uns cinco a<strong>no</strong>s desenhou-se em sua<br />

“tela”. A garota tinha nas mãos um bastão vermelho, de pedra<br />

translúcida, em cuja ponta um facho de luz cintilava. Ela girava o<br />

corpo com a mão estendida e, quando completava um círculo,<br />

guardada pela lumi<strong>no</strong>sidade que ia permanecendo <strong>no</strong> centro dele,<br />

via-se como se estivesse projetada fora do círculo e de seu próprio<br />

corpo. Aquele bastão funcionava como se fosse um projetor da<br />

imagem de quem o empunhasse. A cada projeção, a garotinha ria,<br />

sacudia os cabelos longos e envaidecia-se, feliz, pois ia se vendo<br />

com trajes diferentes, de épocas desconhecidas por ela. Cornélia<br />

sabia que a garota do bastão era ela mesma, a se ver em diversas<br />

situações.<br />

Que Morada seria aquela, onde as criaturas tinham nas mãos a<br />

possibilidade de se enxergar tão facilmente, como um ser vivente<br />

em vários espaços? E tudo <strong>aqui</strong>lo com o emprego de um simples<br />

bastão, sem tantas dificuldades <strong>para</strong> se conhecer?<br />

Talvez pelo fato de indagar tão veementemente o que significaria<br />

tudo <strong>aqui</strong>lo, sua mente se desconectou daquela “caixa mágica”<br />

guardada em seu cérebro, e ela voltou a ser simplesmente Cornélia.<br />

Mas a impressão ficou fortemente gravada. Seria isso a que se<br />

referiam, quando diziam que os homens haviam perdido o Paraíso?<br />

Que razão teria surgido <strong>para</strong> que aquela garota tão exuberante de<br />

vida, de energia, de felicidade e de liberdade deixasse <strong>aqui</strong>lo tudo<br />

<strong>para</strong> viver num mundo onde a tendência dos homens era <strong>para</strong> o<br />

aprisionamento? Sim, um mundo onde pareciam sentir satisfação<br />

em tolher os passos dos que amavam sinceramente, como Joshua<br />

amava. Não haviam os homens colocado aquele ser amoroso numa<br />

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