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sem a minha companhia. Mas enganei-me. Enquanto eu buscava
ainda realizar alguns sonhos, você se esvaziava. Ah, como fui
imprudente! Não devia ter deixado você sozinha, depois que eu
soube da morte de Joshua.
- Não, não se preocupe, Hannah. Eu ainda estou dando tempo e
olhando as águas, para entrar nelas e nadar. Mas creia que é muito
bom tê-la aqui agora, junto com suas amigas, porque esta é uma
forma agradável de entrar numa piscina antes de me dirigir ao mar.
Enquanto as mulheres conversavam, o rapaz que as havia
acompanhado analisava os detalhes da casa de Cornélia. Interessouse
muito, quando ouviu suave melodia tirada por um alaúde e que
era cantada por Boanerges no terraço da casa.
Cornélia notou-lhe o interesse e convidou:
- Não quer subir e acompanhar a melodia de Boanerges? Deve ser
bem mais agradável para você afastar-se por uns tempos da
companhia de mulheres. Vá, vá até lá!
O rapaz apenas sorriu e não aguardou segundo convite. Logo estava
junto do jovem que tocava com grande sensibilidade.
Boanerges saudou-o meneando a cabeça e deixou-se conduzir pela
inspiração, criando melodia nova. Quando a finalizou, ouviu o
visitante dizer:
- Você tem um raro dom para a música. E aposto que tem outros que
ninguém conhece – mas o riso era de mofa, quando fez a segunda
parte de sua observação.
Boanerges ouviu-o tristemente e devolveu:
- Se pelo menos me servir para afastar os desconfiados, muito me
valerá.
Amuado, o jovem questionou:
- Ofendi-o? Não era a minha intenção.
- Não ando à busca de conhecer as pessoas, rapazinho. Se eu
conseguir me conhecer, já terei conseguido o meu aprendizado aqui
na Terra.
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