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Trinta e Seis
O Festival do Vinho já havia encerrado, quando Nathan avisou para
Cornélia que fora erguida uma tenda para ela passar uns tempos no
silêncio daquele território. Por sua vez, Débora já havia conciliado
seu coração com a oferta feita aos sacerdotes essênios.
A princípio, haviam balançado a cabeça em negativas - em relação a
Débora -, porque era a primeira vez que uma mulher se oferecia para
servidora e para estudos entre eles, ainda que fora dos muros do
Santuário.
Lá dentro, havia as que prestavam humildes serviços de limpeza e
preparativos de alimentos, mas elas não se interessavam pelos
estudos dos manuscritos considerados sagrados.
A proposta de Débora foi considerada de grande ousadia. Só pelo
fato de que pertencia a uma família de essênios foi levada em
consideração e estudada. De alguns sacerdotes, ganhou votos
favoráveis, porque não viam qualquer interferência ou quebra do
ritmo em que viviam.
Outros negaram inteiramente que vivesse no antigo lar de Yohanan,
porque se distanciava muito do Santuário, já que a finalidade da
presença de Débora seria cuidar dos meninos que o freqüentariam.
O mais razoável, então, seria morar o mais próximo possível, a fim
de facilitar a caminhada das crianças para o Santuário. Esses não
discutiram com Nathan, quando ele afirmava a validade da proposta
de Débora.
Havia aqueles que apoiavam calorosamente a idéia de prepararem
os filhos dos essênios que se lamentavam de não poder participar
daqueles rituais assiduamente, apenas porque haviam optado pela
organização familiar e viviam muito longe dali. Estando entre eles,
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