Clique aqui para baixar o livro no formato

Quarenta e Três
A manhã que despertou os viajantes era de vigoroso sol. As cabanas
já se encontravam vazias, porque os servidores que nelas se haviam
abrigado há muito haviam seguido para a comunidade que estava
sob cuidados de Simeão.
Débora e Cornélia foram as últimas a despertarem e encontraram
Nathan, Nathanael e Simeão em franca e agradável conversa.
- Conseguimos apenas algumas frutas e leite de cabra para vocês -
desculpou-se Simeão. - Colocamos ali, em cima daquela pedra.
Débora riu, porque a pedra possuía exatamente o formato de uma
mesa. Uma oferta generosa do próprio Criador.
Serviram-se, enquanto ouviam de Nathan:
- Nossa ida até lá será bastante rápida. Voltaremos à tarde e faremos
nova parada por aqui. Amanhã retornaremos a Qumran, só que nos
utilizaremos de montarias providenciadas por Simeão. Isto porque
nosso percurso não será o mesmo da vinda.
Seguiram a pé, trocando idéias, e Simeão referiu-se à visita do
menino Rúben, levado até ele por Débora. Ela encantou-se, mas não
se lembrava do episódio. Apenas guardava a sensação de que
realmente havia encontrado com gente amorosa, durante o sono.
Depois, Cornélia comentou com Simeão sobre as palavras de
Thirza. O comentário da anciã não ficara esquecido para ela.Thirza
lhe havia perguntado se ela havia acompanhado Joshua até a cruz, e
havia feito referência à amizade daquela mulher com Joshua, uma
amizade que estava escrita até nas estrelas.
- É impressão minha - disse Cornélia - que Thirza se referia a Maria
de Magdala, não a mim. Mas também penso que as mulheres todas
219