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- Como?? - perguntou admirada.
- Eu repito: só em parte, porque Lélia não se encontra mais em
Roma e sim na Galiléia.
- Impossível! Quem lhe disse isto?
- Informantes de Nathanael.
Só então Cornélia começou a avaliar a organização perfeita daqueles
homens. Porque continuava calada, o homem voltou:
- Nathanael está a par de todos os eventos. Na Galiléia, em Roma e
outros territórios. Ele convidou-a a movimentar-se, quando lhe
entregou a cópia daquele manuscrito.
- Até isto o senhor conhece?
- Por aí pode ver que nenhum de nós está dormindo. Estamos
diariamente a postos, e acreditamos que, antes de conhecer o
Santuário, a senhora vai poder nos ajudar a tirar Lélia das garras
dos carcereiros.
- Mas de que forma? - ela perguntou aflita. - Que posso fazer, se os
romanos não confiam em minha pessoa e muito menos nos outros
seguidores do Nazareno?
- Ganhar a confiança desse comandante Flavius. Foi ele que
conseguiu conquistar a confiança de Zínia, prometendo-lhe um lar
ao lado desse oficial de quem Zínia está enamorada.
- Cornélia nem acreditava no que ouvia. - Zínia enamorada? Mas...
- Sim, sua serviçal não teve coragem de lhe dizer que o homem a
quem havia entregado o coração pretende prejudicar a senhora. E
este oficial a acompanha aqui, neste percurso que a senhora está
fazendo. Zínia reencontrou-o. O acaso pregou uma peça nela - ele
riu, tristonho.
- Mas ela é amada por ele? - perguntou, penalizada. - Se é, deveria
ter tido confiança em mim. Não precisava fugir, assim, enfrentando
o perigo dessas estradas infestadas de salteadores. Por que ela não
me contou? - ela se queixou.
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