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são como Maria de Magdala, por isso não importa o nome que
levam em seus aprendizados de vivência na Terra. Qual mulher não
vacilou em seus caminhos? Qual não cometeu deslizes? Qual não
buscou encontrar o verdadeiro afeto, seguindo muitas vezes
escolhas enganosas? Maria de Magdala é para mim expressão de
amor incondicional, de amor puro, sublime, de devoção. Ela soube
entender perfeitamente que Joshua era um Anjo, tanto quanto
Débora intuiu que a tarefa de Yohanan a levaria para distante dele.
No momento em que Cornélia comentava isto, ressou por aqueles
arredores um forte som. Assemelhava-se ao ouvido por ela certo dia
de Nazaré, quando uma procissão de neófitos estranhos tangia uma
placa de bronze, anunciando sua passagem por caminho que levaria
a uma grande praça. Naquela ocasião, ela havia desfalecido e tinha
sido auxiliada por um de seus escravos, relembrando, então, um
trecho de sua existência na Índia.
A mesma angústia que aquilo lhe provocara se repetiu, embora se
mantivesse em pé. Mas Simeão notou, porque se tornou pálida e
pediu para repousarem.
Atravessaram por um tronco de árvore, que fazia às vezes de uma
pontezinha sobre um pequeno riacho. Logo depois, sentaram-se
sobre raízes de árvore frondosa.
Simeão tentou auxiliá-la.
- O som que ouviu não tem nada a ver com a minha comunidade,
Cornélia. Nela, não temos necessidade de sons para nos
organizarmos em nossos horários.
Nathan acrescentou:
- Em Qumran também já não temos necessidade de avisos externos.
Nem mesmo quando chegarão companheiros. Nossas almas já
atingiram algumas facilidades, para nos conduzirmos e para
anteciparmos também alguns eventos. Até mesmo fatos tão simples
como a chegada de visitantes.
- Poderiam mesmo saber quando alguém estivesse a caminho para
visitá-los? E sem o auxílio de anunciantes? - perguntou Débora.
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