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acreditando encontrar nisso um sinal de que havia por perto algum
seguidor do crucificado.
Mas havia algo, sim, naqueles caminhos. Era com se os cristãos se
houvessem multiplicado num piscar de olhos, era como se os
incríveis seguidores levassem nos olhos alguma expressão
significativa que os diferenciava dos estrangeiros e dos que nunca
haviam escutado o nome de Joshua.
Só que Cornélia não se via fazendo aquela romaria para junto dos
essênios, a fim de abandonar o que era, nem para seguir um
caminho que não lhe pertencia por marca de nascimento. Apenas
desejava encontrar abrigo entre os amigos de Nathanael, para se
afastar das borrascas surgidas em Roma. E também porque tinha
certeza de que, no silêncio de um local que havia um dia recebido
Joshua, seria guiada para um destino que lhe levaria renovação da
alegria ao coração e maior desejo de servir aos semelhantes. Sabiase
necessitada de melhor preparo em seus caminhos.
Flavius, por sua vez, enchia a cabeça disposto a decifrar um enigma,
junto de Cornélia, lamentável engano que o levava a pensar
constantemente que ela desejava fazer de tolos todos aqueles que a
favoreciam por ali. Um lamentável engano, porque a via, e também
a Zínia e Timóteo, como viajantes se escudando em sua fé.
Numa estalagem, a meio do caminho, Cornélia decidiu que
deveriam fazer uma parada mais longa para descansarem. Zínia e
Timóteo mostraram-se felizes com aquela decisão. O lugar, embora
muito simples, contava com boas alimentações e um estalajadeiro
silencioso, que era auxiliado por um rapazinho de seus doze anos:
Matatias. Esse garoto desde o primeiro dia seguia de perto os passos
de Cornélia. Servia as refeições com eficiência e demonstrava
esperteza e inteligência, nas observações simples que, às vezes,
soltava.
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