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Ele era um homem sério, tranqüilo, mais parecia uma criança pela
felicidade e alegria com que encarava a vida. Não estava
acostumado a distúrbios e nunca havia enfrentado uma situação
semelhante.
Convocou os nobres administradores e assim decidiram que o
melhor a fazer seria convidar os estrangeiros, para que tentassem
estabelecer uma aliança que a todos atendesse, no sentido de uma
felicidade conjunta.
Acontece que entre esses estrangeiros um parecia ser o grão-senhor.
Vestia-se de forma tão estranha, que a todos nós assustava. E o riso
dele ecoava mais forte do que as águas que caíam altas das
cachoeiras.
Na primeira reunião entre meu pai, seus administradores e esse
homem estranho, prevaleceu o comando do estrangeiro. Ele só se
prestaria a fazer uma aliança com todos se passasse a fazer parte de
nossa família. Meu pai nem entendeu que aquele estranho estava
querendo mesmo era para esposa ou concubina uma de suas filhas.
O porte atlético do homem parecia o de um deus – mas um deus do
mal – eu até pensei, quando meu pai voltou silencioso para casa,
sem saber como resolver aquela desdita que nos apanhava, como os
receptáculos que nós usávamos para apanhar algumas aves e
prendê-las. Só que nós os usávamos para prender as aves com a
finalidade de embelezar os nossos jardins... Mas ele...
Para resumir a minha história, Hermes, esse homem truculento
começou a nos roubar as criaturas amigas e antigas conhecidas
nossas. Sabe como? Ele captava a confiança delas e, com o tempo,
ia formando um verdadeiro exército de seguidores.
Eles também se pintavam como os homens e mulheres dessa
procissão que acabei de ver, e a casa deles – a que mais os atraía,
pois possuíam muitas – era toda cheia de pedrarias às quais nem
davam valor.
Um dia, o Conselho de meu pai decidiu que seria melhor uma filha
dele se unir logo àquele homem em um ritual de casamento.
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